O cenário de pandemia acelerou processos e gerou dúvidas sobre como manter comportamentos e relações corporativas com o trabalho à distância. Neste cenário, o trabalho híbrido é um dos modelos que, ao que tudo indica, veio para ficar.
Depois da digitalização e do sucesso da experiência de se exercer remotamente muitas funções, o assunto tem sido comum entre profissionais e gestores.
A COVID-19 trouxe algumas necessidades que exigiram rápida adaptação nas relações profissionais. O distanciamento social, as medidas de prevenção contra o vírus e o gargalo da economia foram fatores que contribuíram para isso.
A possibilidade de trabalhar à distância revelou pontos positivos e negativos. Principalmente em grandes cidades, as pessoas puderam economizar tempo e recursos com deslocamentos, por exemplo. O uso de mais recursos tecnológicos também agilizou processos internos.
Por outro lado, muitos colaboradores afirmam trabalhar mais horas quando estão em casa e o convívio social menos frequente é outra questão que provoca discussões.
Não há certo e errado, e não se sabe se as mudanças no mundo dos negócios vieram para ficar. O fato é que as expectativas das equipes de trabalho demonstram que sim.
Um levantamento publicado pela Robert Half diz que 86% dos brasileiros têm vontade de trabalhar remotamente com mais frequência do que antes da pandemia. Quais são, então, os desafios e exigências dessa nova configuração para o ambiente de trabalho?
Eis o assunto deste artigo!
A definição de trabalho híbrido é: um modelo em que se pratica a alternância entre jornada presencial ou remota. Ocorre quando a equipe pode escolher entre uma opção e outra, ou ainda misturar os dois tipos de jornada.
É comum a referência a essa iniciativa como flexibilização de jornada.
Para que esse tipo de proposta dê certo, a comunicação interna é um fator primordial. É preciso encontrar formas de manter as pessoas em contato, com fluidez. Só assim é possível assegurar que a distância não seja um obstáculo para as entregas.
Por isso, a comunicação organizacional no futuro do trabalho é encarada hoje com tantas interrogações. Esse é o tema do People First #5, podcast da Pulses. Ouça abaixo:
A confiança e o comprometimento são valores exigidos nessas circunstâncias! Por que esses detalhes são tão importantes? É o que vamos entender no tópico seguinte.
Um dos aspectos de maior destaque da transição em curso nas relações profissionais é a atuação a partir de diferentes lugares. Algumas vezes, com horários diversos também.
A comparação proposta pela Gartner evidencia a transição de um modelo que antes constituía sua base em um ambiente corporativo para repassar o foco, agora, ao indivíduo. O objetivo é prover:
Com as novas perspectivas, especialistas têm percebido que a fluência da gestão tem mais a ver com a criação de condições do que com o formato de trabalho. Não é o fato de se conviver em um mesmo local que oportuniza espontaneamente os fatores citados acima.
Porém, quando não se cumprem requisitos básicos para motivar e envolver os colaboradores, sobressai-se o lado negativo. Sem preparo, a falta de convívio presencial pode dificultar a interação entre as pessoas.
O time de RH deve estar pronto para desenvolver a liderança. Os gestores têm grande influência no engajamento dos times, com adoção de estratégias como:
Abrimos, aqui, um parênteses com uma dica importante: preste atenção nas trocas entre áreas.
A maior carência com o trabalho remoto tem sido a integração entre os times. Por isso, estimular as lideranças a trabalhar ações nesse sentido tem muito a agregar nesse aspecto!
Um dos pontos mais favoráveis trazidos pelo trabalho híbrido, segundo a Gartner, é a diversidade das equipes. Além de favorecer a formação de times com diferentes perfis de profissionais, as pessoas têm se sentido mais confortáveis para exercerem seus trabalhos.
51% das mulheres entrevistadas constatam mais segurança estando em home office. Na visão geral, 81% dos trabalhadores afirmam se sentirem mais respeitados em modelos híbridos.
A pesquisa conclui que a nova forma de trabalhar predispõe melhores condições para fortalecer a inclusão e a igualdade entre as pessoas.
Vale citar mais alguns benefícios, como:
Uma das dúvidas mais frequentes entre os líderes diz respeito à manutenção da cultura organizacional.
Porém, algumas informações revelam a privação de muitos mitos diante de uma realidade que tem se revelado promissora.
Os números de uma pesquisa da Gartner apontam, por exemplo, que a produtividade dos colaboradores aumenta em 63% quando em condições de trabalho totalmente flexíveis. Outro índice que surpreende é o impacto da cultura sobre os funcionários.
Para 32% dos entrevistados, a cultura do ambiente corporativo não exercia nenhuma influência no dia a dia com convívio presencial, contra 21% que declararam o mesmo no caso do trabalho remoto.
Para 66% das pessoas, a cultura tem impacto positivo quando se trabalha à distância, frente a 52% no modelo tradicional.
Se essa é a impressão dos colaboradores, o que a gestão deve fazer para aproveitar esse potencial? Dê uma olhada no tópico abaixo.
Fala-se muito em uma nova forma de se pensar a cultura. Será que o caminho é mesmo esse? Talvez, o melhor a se fazer é o mesmo de sempre: conhecer a fundo o negócio e apostar no propósito.
Especialistas em talentos ouvidos pela McKinsey reforçaram esse diferencial. A pandemia trouxe espaço para questionamentos sobre o significado do trabalho. O autor Bill Schaninger fala sobre isso.
As pessoas estão mais conscientes sobre o tempo. Bill explica que cada momento de trabalho normalmente corresponde a renunciar ao convívio em família, por exemplo. Hoje, muitos profissionais se questionam sobre a relação do emprego com o propósito de vida.
Ao se estabelecer essa identificação e se alcançar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, os resultados são níveis altos de:
Empresas que mantiveram bons níveis de crescimento durante a pandemia se dedicaram a implantar inovação e soluções alternativas a sistemas e processos.
Segundo Bill Schaninger, compartilhar conhecimento, transparência de desempenho e manter a disciplina foram atitudes fundamentais. O êxito da gestão de pessoas diante de cenários de grandes mudanças como esse depende de ações que:
Renato Navas, Co-founder e Head of People Success da Pulses, também aborda referências sobre práticas de gestão em novos contextos. O especialista cita cinco pilares imprescindíveis nessa frente:
São tópicos que, juntos, asseguram a saúde integral. O conceito abrange a produtividade unida à assistência necessária para o bem-estar dos funcionários. É o que garante a sustentabilidade à gestão, independente do modelo de trabalho (presencial ou não) posto em prática.
Para saber mais sobre o assunto, assista abaixo ao Webinar ?Saúde Integral e Qualidade de Vida dos Colaboradores? que conta com a participação de Michelly Dellecave, Co-founder e Head of Education & Brand na Pulses:
É preciso ter em mente um detalhe essencial: se a cultura organizacional da sua empresa não tem base consistente, o trabalho híbrido não trará nenhum impacto.
O que queremos te dizer com isso é que tudo começa muito antes de qualquer novo direcionamento sobre o regime de trabalho da equipe. Confira agora os três passos para obter êxito nessa missão!
Imagine um termômetro. Os padrões comportamentais e a opinião coletiva são as medidas para entender o grau de intensidade da cultura organizacional no dia a dia. Esse termômetro deve ser usado sempre, em modelos remotos ou presenciais.
Pesquisar constantemente o clima da corporação é um indicativo com muito a dizer sobre isso! Em casos de detecção de baixos níveis, mergulhe no diagnóstico e se dedique a um planejamento estratégico.
Uma vez detectada a forte prática da cultura na empresa, não há o que temer. O trabalho remoto será apenas uma questão de adaptação!
Conte com o time de líderes como principal ponto de apoio. Juntos, estabeleçam definições que facilitem a organização desse novo regime. É preciso definir ferramentas, ritos, regras para evitar diferenciações e impressões negativas por parte dos colaboradores.
A sugestão da Pulses nesse caso é intensificar feedbacks, abordar a transparência nas relações profissionais e trabalhar o conceito de produtividade à distância.
Monitore! Questione as equipes e entenda quais são as impressões e contribuições de cada um sobre a situação. O sentimento dos funcionários terá muito a contribuir para melhorias ou manutenção dos modelos adotados.
Temos algumas dicas que podem ajudar!
O que podemos esperar do futuro com tantas transformações no mundo corporativo? Para seguirmos nessa discussão e nos aprofundarmos ainda mais no assunto, temos um convite a fazer.
A Pulses, em parceria com a Crescimentum — consultoria especializada em transformação comportamental e liderança —, produziu um eBook imperdível com todos os detalhes sobre trabalho remoto e híbrido.
Baixe o conteúdo agora mesmo! Saiba mais sobre como fortalecer e manter a cultura à distância e faça a diferença na sua gestão.