Para gestores de Recursos Humanos, alguns indicadores são fundamentais para interpretar a situação real da equipe. Buscar o equilíbrio entre esses índices é o caminho para conquistar a qualidade do clima organizacional e fortalecer a marca como um ótimo local para trabalhar.
A rotatividade de colaboradores corresponde a um desses números. O fluxo resultante da diferença entre o número de admissões e de demissões tem muito a dizer sobre o atual momento da empresa.
Mudanças nas equipes são uma rotina no mundo corporativo, mas vale prestar atenção. Dependendo da maneira como os desligamentos ocorrem, o impacto pode ser negativo.
É sobre isso que falaremos neste artigo: as diferentes formas de analisar o turnover, suas causas e efeitos e o que é possível fazer para identificar um quadro crítico nesse âmbito.
Mesmo após o cenário crítico estabelecido pela pandemia, o Novo Caged mostra boas perspectivas. Em 2021, o saldo líquido entre contratações e desligamentos foi positivo, diferente do mesmo período no ano anterior. O ritmo de admissões teve aumento de 164%.
Análises da Robert Half sobre confiança nas organizações apontam que os pedidos de demissão (48%) frente a desligamentos sem justa causa (41%) foram levemente mais expressivos em 2021.
No ano anterior, a diferença foi grande: 70% do turnover no Brasil foi atribuído à categoria sem justa causa.
Esses são alguns dados que retratam uma visão macro do mercado.
Falar em rotatividade é praticamente o oposto de retenção de talentos dentro de uma corporação.
Rotatividade é uma mensuração que remete à quantidade de demissões feitas em um determinado período. Sempre atrelada, claro, às suas causas.
O fato de muitos profissionais saírem da empresa em um curto espaço de tempo pode ser um sinal de alerta.
As situações variam e nem sempre o número de desligamentos tem a ver com algum problema corporativo. Porém, este é um indicador importante para monitorar!
Alguns especialistas em gestão, como Josh Bersin, reforçam a expressividade da gestão focada em pessoas diante de tendências apontadas pelo mercado. Uma delas é a chamada War for Talent, ou “Guerra por Talentos”, em português.
Isso nada mais é do que uma disputa acirrada por bons profissionais, frequente em várias áreas de atuação hoje em dia. Alguns aspectos contribuem para o aquecimento dessa “guerra”:
Portanto, vale a pena promover ações que favoreçam a escolha das pessoas pela permanência na sua empresa.
Vamos entender, então, quais são os tipos possíveis de rotatividade de colaboradores?
Se a empresa toma a decisão de encerrar o contrato de trabalho com um colaborador, temos um caso de rotatividade involuntária.
Alguns fatores que levam a esse desfecho podem corresponder a problemas financeiros ou má gestão. Vale analisar se, diante de casos assim, o evento foi ocasionado por:
Uma boa dica para compreender o cenário é conversar com o gestor da área em que foi feita a demissão.
Convém, também, apostar em entrevistas de desligamento para obter o máximo de detalhes possível!
Acontece quando uma pessoa deixa a desejar em questão de performance e pede para sair da organização.
É considerada positiva, uma vez que dispensa desgastes de ambas as partes. Afinal, a falta de produtividade do colaborador pode simplesmente significar o encerramento natural de um ciclo.
Esse é um tipo de turnover preocupante para as empresas. Corresponde aos casos em que um talento importante para a equipe solicita sua saída.
O fato de contribuir com excelência para entregas e para os resultados impacta inesperadamente o time.
Como o próprio nome já diz, se o colaborador pede para se desligar do cargo, temos uma demissão voluntária.
Quando observada entre executivos, tem grandes chances de ser reflexo da necessidade de pontos de melhoria na gestão.
No entanto, ela pode ser gerada também por razões de insatisfação: salário, carreira, liderança e estresse são alguns deles.
A pesquisa, já mencionada aqui, sobre o índice de confiança do mercado de trabalho, realizada pela Robert Half, apresentou outros dados interessantes.
Os profissionais mais contentes com o emprego atual declararam estarem satisfeitos por motivos de:
Já os que estão descontentes, alegaram que os problemas são:
Inclusive, investir em reconhecimento é um bom começo para empresas que desejam diminuir o turnover e aumentar a produtividade. Para quem não sabe por onde começar, o Módulo de Reconhecimento da Pulses pode ser um bom ponto de partida. Confira no vídeo abaixo:
Independente da causa das demissões, a probabilidade de que haja questões a serem revistas no clima e cultura organizacional é grande.
Por exemplo: se o pretexto foi performance — seja a rotatividade involuntária ou funcional —, algo vinha acontecendo para que o profissional não apresentasse resultados.
O que levou a isso? Por que o quadro não se reverteu? Qual foi a sequência de ações do líder direto dessa pessoa?
São perguntas fundamentais a serem feitas.
E é justamente pela ligação das demissões a indícios de problemas mais complexos que monitorar a média de casos é primordial (mais ainda em grandes empresas!).
Para isso, anote a fórmula:
(Número de contratados + Número de desligamentos/2) / média de trabalhadores no período x 100
Os benchmarkings apontam que a média aceitável deve se posicionar entre 5% e 10%. Caso contrário, vamos conferir a seguir o quanto isso pode influenciar negativamente o negócio.
Um turnover alto ou baixo pode ser consequência de contextos específicos de um departamento, do negócio, do segmento ou de influências externas.
As oscilações econômicas de determinada região ou do país, por exemplo, interferem nesse aspecto.
Para especialistas, um dos termômetros de avaliação da qualidade do turnover da empresa é a performance de resultados. Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half, faz essa recomendação.
É preciso observar se o crescimento anual da companhia tem se colocado entre 10% e 15%. Se a taxa for estável ou estiver em queda, investigue!
Falar em demissão é sempre um assunto delicado. Geralmente, é um momento difícil para funcionários, para líderes e para a empresa.
Um número alto de ocorrências desse tipo pode revelar uma implicação séria dentro de um time, no quadro geral de funcionários e até mesmo na organização como um todo.
A primeira delas é de cunho financeiro, pois os gastos com a rescisão podem ser altos.
O prejuízo, porém, vai além do dinheiro, como enumeramos a seguir:
Vamos descobrir, agora, o que leva à rotatividade de colaboradores no mundo corporativo?
Uma boa equipe vale ouro e é determinante para a evolução de um negócio. O LinkedIn divulgou números alarmantes sobre a representatividade da perda de funcionários para uma empresa.
Você sabia que 50% das organizações em todo o mundo têm dificuldade para reter funcionários importantes? E mais: um funcionário precisa, em média, de oito meses para atingir bons níveis de produtividade.
Para não ficar em desvantagem diante da concorrência, vale agir preventivamente!
Independentemente do tipo de demissão, os fatores que a motivam podem ter uma causa raiz em comum. Faça o possível para identificá-la e eliminá-la antes que a situação esteja fora de controle.
Conheça, a seguir, quais são os cinco diagnósticos que possivelmente levarão à alta rotatividade de colaboradores.
Os talentos da equipe podem desistir da organização por estarem em desacordo com o estilo de liderança praticado.
A atuação estratégica com treinamentos e acompanhamentos dos líderes é um papel do RH. Consiste em uma medida fundamental para impedir essa situação.
Faça alinhamentos constantes e garanta um perfil de gestão condicionado à cultura da empresa.
São vários os atributos de uma boa comunicação interna. Passam por esse item iniciativas como:
Quando uma dessas condições falha, gera-se uma predisposição a opiniões equivocadas entre o time. O efeito dominó leva a problemas de clima e, por consequência, à desmotivação e insatisfação dos funcionários.
A cultura é a identidade da empresa. No dia a dia, os profissionais devem vivenciá-la de forma efetiva.
Se as pessoas começarem a perceber distorções entre o discurso da corporação e os direcionamentos dos gestores, prepare-se para enfrentar desafios. Atualmente, bons candidatos ponderam a qualidade do ambiente de trabalho e das relações interpessoais.
A manutenção constante da cultura é extremamente necessária para assegurar essas circunstâncias.
Se a empresa passar por um crescimento rápido, vale redobrar o cuidado! O redimensionamento dos times e a alta dos resultados pode mudar alguns traços da cultura de forma repentina.
Uma empresa está condicionada à administração de seus recursos, a momentos de oscilação financeira e às condições econômicas externas.
Por isso, se antecipar a essas questões faz muita diferença! Podem haver outras saídas que não sejam a redução no quadro de funcionários.
Onboarding, treinamentos e gaps nos processos seletivos também podem resultar em turnover. Aliás, são elementos que influenciam diretamente na qualidade do clima organizacional.
Então, fique de olho e estabeleça bons critérios para essas práticas!
A falta de fit cultural pode ocasionar problemas de comportamento e até interferir na aptidão técnica adequada à função.
Todos os motivos relacionados acima podem ser diagnosticados em fases antecedentes a obstáculos como a alta rotatividade. Quer saber como?
Se aproximar e ouvir os colaboradores é a melhor solução!
Com pesquisas contínuas por pulso, o RH consegue captar sinais para agir estrategicamente. Só assim é possível reverter situações drásticas, como a perda de talentos importantes para a empresa.
Então, aproveite o ritmo dessa leitura e confira agora mais um conteúdo preparado pelo time de especialistas da Pulses, a primeira plataforma de gestão contínua de pessoas do Brasil!