Remote first é uma forma de aderir a nova modalidade de trabalho à distância que é benéfica tanto para a qualidade de vida do colaborador quanto para o crescimento da empresa. Desde 2020, com a pandemia do coronavírus, o trabalho remoto vem sendo priorizado.
Muitas empresas já perceberam que o trabalho remoto pode ser uma ótima decisão quando bem executada. No entanto, ao invés de torná-lo obrigatório, há a possibilidade de apostar no remote first, sem eliminar completamente o trabalho presencial.
Uma pesquisa da Microsoft mostra o interesse de 58% dos trabalhadores que atuam remotamente em mudar para o regime híbrido. Por outro lado, 51% dos trabalhadores que trabalham dividindo escritório e home office querem atuar completamente à distância.
Neste sentido, o ideal é manter a flexibilidade com o remote first. Assim, a empresa conta com um espaço físico para trabalhos realizados presencialmente, mas preferencialmente a execução é à distância.
Para te ajudar a entender melhor sobre este modelo de trabalho com todas as vantagens e formas de funcionamento, preparamos este conteúdo completo. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto.
Remote first é “remoto primeiro” em português, ou seja, um formato de trabalho que prioriza a execução das atividades à distância em primeiro lugar. A empresa não perde o espaço para as atividades presenciais, porém o foco é uma gestão de trabalho descentralizada.
Para garantir a comunicação e o fluxo entre lideranças e equipes, a tecnologia é a melhor aliada. Com isso, a empresa consegue manter suas atividades e permitir aos colaboradores trabalhar de onde quiserem.
É claro que para possibilitar o trabalho remoto é importante que a empresa esteja preparada, inclusive com uma estrutura para atividades presenciais. Com isso, pode-se determinar momentos específicos para estar no escritório e oferecer a opção para quem preferir.
O formato de trabalho não é novo, mas certamente ganhou mais força nos últimos anos e pode ser uma estratégia para a empresa economizar e proporcionar uma qualidade de vida melhor aos colaboradores.
A diferença é simples, o remote first prioriza o trabalho remoto, mas não o torna obrigatório ou a única possibilidade. No entanto, há empresas que optam pelo remote only, em que não há escritório, toda a operação é feita à distância.
Por outro lado, há empresas que são remote friendly e proporcionam a oportunidade de trabalhar de casa em dias ou situações específicas. Nesse caso, pode ser uma boa oportunidade para iniciar o modelo se a empresa ainda não está completamente preparada.
O modelo de trabalho remoto passa a ser prioridade para aqueles que podem atuar à distância. Caso o trabalhador prefira ir ao escritório, a empresa pode ter um espaço físico ou até um coworking, diminuindo as despesas com grandes alocações.
É válido notar que o remote first não é apenas uma mudança de rotina, mas uma base da cultura organizacional. Para funcionar efetivamente, este formato de trabalho precisa ter lideranças e colaboradores preparados para lidar com a rotina à distância.
Outro ponto a respeito do remote first é a comunicação assíncrona, ou seja, as respostas não chegam imediatamente. Isso é um ponto importante, já que se toda a comunicação é tratada em caráter de urgência, pode atrapalhar o fluxo de trabalho e a produtividade.
Leia também: Como fortalecer a cultura organizacional durante o trabalho remoto?
São diversas vantagens observadas, como potencializar os resultados, satisfazer os colaboradores e reduzir gastos com espaço físico. Outros ganhos envolvem diminuir contratempos com deslocamentos para reuniões e até atrair novos talentos para a empresa.
Veja alguns dos principais motivos para aderir:
Um dos principais pontos positivos do home office está no aumento da produtividade e maior satisfação dos colaboradores. Isso pode ser justificado pela economia de tempo com deslocamento e o conforto de trabalhar no ambiente que preferir.
O Relatório De Transformação Digital na América Latina, lançado pela Atlantico VC, mostra que os índices de produtividade são mais altos em empresas 100% remotas. O resultado melhora quando há flexibilidade para escolher quando trabalhar no escritório.
Um estudo feito pela Buffer mostra que 97% das pessoas preferem e recomendam o trabalho à distância. Entre os principais motivos para gostar da experiência estão a flexibilidade para escolher onde trabalhar e como organizar o tempo.
Outros benefícios envolvem o tempo disponível para outras atividades e a economia financeira proporcionada pelo modelo. Além disso, 44% dos entrevistados destacam a habilidade de focar melhor no trabalho.
Se a empresa atua à distância, por que não contratar pessoas que morem em outras cidades, estados ou até diferentes países? Esse tipo de trabalho abre espaço para diversificar o recrutamento e ampliar o processo seletivo.
Além disso, é importante observar que o formato remoto ajuda na integração de colaboradores que possuem alguma deficiência ou doença que dificulte o deslocamento até o escritório. Desse modo, as vagas inclusivas têm muito mais aderência.
Além de aumentar a produtividade e consequentemente os resultados, o remote first pode ser um caminho para economizar. Com menos funcionários no presencial, há menor investimento em estrutura física e pode-se optar por um local menor ou um coworking. Além disso:
Já para os colaboradores, uma pesquisa da Deel, feita com 700 entrevistados em 86 países, mostra que o home office representou para os brasileiros a oportunidade de um aumento de salário (58%), flexibilidade nas atividades (53%) e maior produtividade no trabalho (56%).
Outra vantagem apontada na pesquisa está no aumento das economias, portanto enxergam o home office como uma escolha melhor financeiramente. Afinal, o colaborador não precisa se deslocar de casa, evitando gastos extras com transporte ou alimentação.
Em resumo, os benefícios para o colaborador são:
Saiba mais: Como manter Cultura, Clima, Engajamento e Performance à distância
Para saber se a empresa está apta ao formato de trabalho remoto é importante perguntar se:
Se você respondeu sim para as perguntas acima, a sua empresa pode estar apta a aderir ao remote first, caso contrário, há formas de possibilitar essa realidade. Para começar, impulsionar a autonomia como parte da cultura organizacional é um passo importante.
Implementar uma ferramenta de gestão de pessoas que ajude a monitorar e acompanhar o engajamento dos trabalhadores é essencial. Para trabalhar remotamente, os colaboradores precisam ser motivados e se adequarem aos processos à distância.
Não adianta querer usufruir dos benefícios do trabalho remoto sem o mínimo de preparação. Ainda que seja vantajoso, há diversos desafios que precisam ser superados. Por isso, é imprescindível que as lideranças estejam treinadas e saibam lidar com gestão à distância.
Os colaboradores também precisam estar alinhados com os processos e forma de atuação em casa. Para uma gestão equilibrada e justa, a empresa deve abrir espaço para ouvir continuamente o feedback dos colaboradores e compreender os ajustes necessários.
Para garantir que o trabalho à distância seja eficiente e produtivo, é preciso acompanhar e promover as mudanças necessárias. Entre as boas práticas, podemos citar:
Como vimos, o remote first tem inúmeras vantagens para a empresa e para o colaborador, porém não é uma mudança fácil ou isenta de dificuldades. Nesse sentido, o trabalho do RH e da gestão de pessoas é extremamente importante.
Entre os desafios está a dificuldade das pessoas se desconectarem do trabalho quando atuam em casa. Para isso você pode se interessar em ler o seguinte conteúdo: O colaborador está viciado em trabalho? Conheça 13 sinais e saiba o que fazer.