Buscar uma nova oportunidade no mercado de trabalho pode ser um momento de muita incerteza na vida de um profissional, e a atuação do RH pode ser transformadora no processo de recolocação profissional.
A experiência ao longo da jornada do colaborador deve ser entendida de forma holística pelas empresas. Por isso, se recolocar no mercado de trabalho é uma etapa importante dessa trajetória, capaz de beneficiar a estratégia de gestão de talentos de uma organização.
Junto a iniciativas de offboarding, o seu time de RH pode considerar ações com potencial de se tornarem diferenciais para a cultura e o capital humano da empresa. Para descobrir quais são elas e como fazer isso, basta seguir com a Pulses até o final deste artigo!
Entenda o conceito, saiba quais são as dificuldades do processo, descubra como o RH pode ajudar e confira as vantagens que o apoio à recolocação de pessoas no mercado de trabalho pode trazer para o seu negócio!
A recolocação profissional corresponde a todo o período de transição de uma pessoa, desde a saída de uma empresa até o seu ingresso em outra. É uma etapa que faz parte da gestão da carreira do colaborador, e que pode demorar um certo tempo para ser concluída.
Embora a expressão pareça autoexplicativa, seu significado vai além de simplesmente encontrar uma nova vaga de emprego.
Portanto, recolocar-se no mercado é uma ação ligada ao sucesso de um profissional em sua área, e cumprir essa etapa com êxito depende de:
Podemos listar alguns motivos que levam profissionais a buscarem recolocação, como:
Seja qual for a circunstância, o encerramento de um ciclo dá início a novas buscas, o que, muitas vezes, não é nada fácil de se colocar em prática.
Os desafios envolvidos na recolocação profissional são vários, e não passam apenas pelo contexto do mercado. Veremos, abaixo, quais são eles.
O quadro estabelecido pela pandemia surpreendeu muita gente. Não foram poucas as notícias sobre a redução do número de funcionários em empresas de todo o mundo, e a retração econômica logo se refletiu nos índices de desemprego.
Os indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no Brasil, tivemos uma leve melhora. No primeiro trimestre de 2022, 11% da população estava em situação de desemprego. Nesse mesmo período em 2021, o percentual chegou a 15%.
Outro ponto a ser observado é a instabilidade econômica, que levou startups brasileiras a serem destaque nos noticiários depois de uma onda de demissões em massa. Algumas delas demitiram mais de 300 profissionais em 2022, principalmente entre os meses de junho e julho.
Para auxiliar essas pessoas a se recolocarem, o site Layoffs Brasil (expressão que se refere às demissões em massa) publicou informações com listas para divulgar os perfis.
Ou seja: encontrar um novo emprego pode não ser uma missão simples.
Quando o encerramento de um ciclo se dá por iniciativa da organização, a decisão pode gerar um impacto emocional negativo. Geralmente, esse é um movimento que causa desgaste e desmotivação.
Por essa razão, o bem-estar e a saúde mental do colaborador são pontos de atenção, e podem dificultar a busca por uma nova chance de trabalho.
Nem todo mundo possui uma vasta rede de networking. Algumas pessoas têm mais dificuldade em se relacionar, ou possuem contatos e não se sentem à vontade para pedir ajuda.
Outro motivo para ter poucos contatos pode ser uma mudança recente, seja de carreira ou de localidade. Independentemente do que leve a uma rede de contatos escassa, a falta de vínculos pode atrapalhar bastante o reingresso ao mercado de trabalho.
O planejamento pessoal é indispensável para amenizar os efeitos de novos rumos. É comum que a sensação de medo seja uma barreira para profissionais ao deixarem um lugar já conhecido para buscarem novas possibilidades de recolocação profissional.
Esse sentimento também pode levar à desmotivação, impedindo que o então candidato se mobilize para uma nova função.
O mercado de trabalho está em constante transformação. Mais do que nunca, a digitalização acelerou processos e apresentou novos cenários, que exigem funções e qualificações diferentes.
Para se ter uma ideia, projeções do McKinsey Global Institute preveem que até 25% mais funcionários podem ter que assumir outras ocupações ou se requalificarem como consequência das novas conjunturas trazidas pela pandemia.
Portanto, necessidades de qualificação profissional podem ser um obstáculo e aumentar o tempo de recolocação do colaborador.
Existem alternativas que facilitam esse movimento de trabalho, o que leva a maneiras diversas de funcionamento desse processo.
A primeira delas é o modo convencional, isto é, a pessoa é demitida, ou pede demissão, e inicia uma nova busca por conta própria.
A segunda opção é a intermediação de um coach de carreira ou de uma consultoria, com o apoio de especialistas preparados para direcionar profissionais de acordo com habilidades comportamentais e técnicas.
Necessidades pessoais e objetivos profissionais também são levados em conta por meio de planos de ação e ferramentas específicas para recolocar o candidato.
Acionar pessoas especializadas em carreira, porém, nem sempre é uma escolha possível para uma pessoa que acabou de deixar o emprego. Isso envolve custos e pode não ser viável em um momento delicado como este.
É neste ponto que o RH entra em cena, utilizando essa como uma das alternativas para administrar demissões da melhor forma. No próximo tópico, veremos isso em mais detalhes!
Buscar apoio, planejar, praticar a sensibilidade e a empatia são algumas das possibilidades que equipes de RH têm para apoiar uma recolocação profissional.
Vamos começar nossa lista pelo auxílio especializado que abordamos acima, além de outras sugestões na sequência para a sua gestão!
Outplacement é o termo em inglês usado para se referir à reinserção de pessoas no mercado de trabalho, e passou a ser incorporado por organizações como uma metodologia para humanizar os desligamentos de profissionais.
Para isso, a empresa contrata especialistas que conduzem a situação, garantindo a orientação necessária para que o colaborador consiga uma vaga adequada em outra companhia.
Falamos até aqui sobre a saída de profissionais, mas empresas que estão contratando também podem contribuir para agilizar recolocações. Fica por conta do RH, por exemplo, propor e desenvolver mecanismos de contratação que priorizem pessoas mais vulneráveis.
Isso quer dizer ter sensibilidade e empatia com:
Oferecer oportunidades a quem se enquadra nessas condições é um jeito de ampliar as expectativas de quem precisa se recolocar, além de reforçar valores de diversidade e inclusão nas empresas (o que têm muito a colaborar com o crescimento do seu negócio!).
Quanto mais dados e evidências sobre o comportamento dos colaboradores, melhor será o planejamento do RH junto às equipes.
Assim, as demissões e contratações podem ser melhor planejadas quando gestores de RH têm em mãos informações estratégicas, proporcionando tempo e estrutura condizentes com processos bem conduzidos.
Por essa e outras vantagens, recursos de People Analytics e pesquisas contínuas são cada vez mais indispensáveis no ambiente corporativo.
Agora, diante de todas essas alternativas, você pode estar se perguntando: por que o RH deveria pensar em compartilhar a responsabilidade de recolocar alguém que está deixando a empresa? Temos como provar que a organização tem muito a ganhar!
Se você já leu outros artigos da Pulses, deve ter se deparado com alguma referência ao cuidado integral com as pessoas como atribuição do RH. Apostamos nesse pré-requisito como papel primordial desse departamento!
Demonstrar essa preocupação em um dos momentos que pode ser dos mais difíceis para um colaborador é essencial para manter o alinhamento a esse princípio. Os benefícios disso para a corporação são:
Todo esse conjunto potencializa seu employer branding (marca empregadora) e compõe uma estratégia consistente para manter a empresa competitiva.
Com isso, fica muito mais fácil atrair talentos, reter e engajar colaboradores rumo ao desenvolvimento do seu negócio!
Aliás, você sabia que pode medir o employer branding da sua organização?
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