O metaverso no RH promete criar ambientes virtuais de interação e trazer mudanças disruptivas para o mundo corporativo, para além do trabalho híbrido ou remoto.
Uma pesquisa da PwC realizada nos Estados Unidos com executivos de diversas empresas revelou que:
Frente a tudo isso, as principais inquietações sobre a realidade estendida questionam quais serão as mudanças efetivas para os profissionais e de que forma a gestão humanizada poderá prevalecer — e se valer desse tipo de recurso — para ser desempenhada no dia a dia.
Para conferir as respostas, previsões e apostas do time da Pulses, siga com a leitura deste artigo que preparamos sobre o tema!
Do inglês “metaverse”, metaverso (ou universo digital) é o nome dado a uma rede que conecta mundos virtuais sincronicamente, simulando a realidade em 3D e criando um ciberespaço para convivência social e econômica entre avatares.
Para termos uma ideia sobre a magnitude desse novo modelo de experiência, quem tem idade suficiente pode comparar o impacto desse conceito à chegada da internet, há cerca de 30 anos.
Foi uma revolução em diversos sentidos, não é mesmo? E estamos prestes a atravessar mais um movimento semelhante.
A proposta agora é criar valor real em um mundo totalmente virtual, unindo tecnologias como:
Com o progresso dos meios de conexão e de infraestrutura, esse recurso segue ganhando forma e promete adaptar a maneira como trabalhamos, consumimos, buscamos entretenimento, aprendemos e convivemos.
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O termo “metaverso” se popularizou logo após o anúncio do Facebook sobre a construção do seu próprio universo virtual. Acompanhando a mudança de nome da empresa para “Meta”, Mark Zuckerberg destinou 50 milhões de dólares à iniciativa.
Na sequência, a Microsoft também entrou nessa corrida com novidades. Entre elas, além de apresentar uma plataforma de realidade mista ao mercado em 2021, chamada Microsoft Mesh, a gigante da tecnologia fez a integração dela com o Microsoft Teams (serviço de reuniões online).
Com isso, os usuários passaram a ter a possibilidade de criar espaços virtuais imersivos para socialização e optar pelo uso de um avatar para participar de reuniões.
Apesar dessa mobilização recente, a expressão que faz referência ao universo virtual foi cunhada pelo autor Neal Stephenson, em 1992, no livro de ficção científica “Snow Crash”. O termo “avatar” também apareceu pela primeira vez neste livro.
O que, então, esse fenômeno da tecnologia da informação tem a ver com a atuação do RH nas empresas? Bom, o que sabemos, por enquanto, são palpites.
Alguns conceitos provavelmente serão diretamente afetados pela inovação que o metaverso na gestão de pessoas será capaz de propiciar. Pelas características e pelo potencial de utilização, podemos destacar as seguintes frentes que serão impactadas:
O fenômeno digital dá indícios de que as organizações vão passar por uma revisão do modelo organizacional.
Em vez de se basearem em hierarquias de espaço, um formato diferente deve se configurar como resultado de ambientes compartilhados e com acesso igual a todos.
Sendo assim, uma “democracia na prática” deverá propor novas diretrizes, proporcionando trocas mais frequentes entre profissionais de áreas e níveis de senioridade variados.
Outro ponto a ser destacado nesse âmbito é o fortalecimento da cultura organizacional em tempos de trabalho à distância, uma vez que colaboradores terão um tipo de convívio mais frequente e conectado a partir das imersões.
Os instrumentos de uma realidade em 3D e as alternativas que poderão ser operadas com eles vão permitir a colaboração em tempo real. Com isso, o nível de entrosamento e socialização vai se sobressair significativamente à vivência das telas à qual estamos acostumados.
As corporações terão a oportunidade de trabalhar aspectos ligados a employee experience, aprimorando a experiência dos colaboradores ao longo de sua jornada com o metaverso no RH.
Avatares 3D altamente realistas vão representar as mais diversas personalidades e aparências, cumprindo o papel de representar os seres humanos virtualmente. E não para por aí: nossa linguagem corporal também será reproduzida.
Esse fator, somado à possibilidade de compartilhar espaços com profissionais de diferentes níveis de especialização, vai aumentar a profundidade de trocas e aprendizados no dia a dia. Ou seja, a Diversidade & Inclusão vão ser impulsionadas nas rotinas corporativas.
Imagine que profissionais vão poder compartilhar muito mais do que documentos ao interagirem. O uso de modelos 3D vai favorecer o trabalho dos colaboradores a partir da capacidade de reproduzir uma ampla variedade de objetos.
As conexões vão se aproximar muito da realidade, e o trabalho remoto vai ser desempenhado praticamente com as mesmas condições do formato presencial.
Esse é um caso que demonstra o quanto a tecnologia poderá aumentar a produtividade na empresa em vez de eliminar funções (fato temido por muitas pessoas!).
Assim como a internet revolucionou nossa forma de aprender, o metaverso também chegará com essa proposta. A capacitação de colaboradores contará com ferramentas aprimoradas de treinamento para qualquer área de ensino, viabilizando:
São artifícios que complementam técnicas tradicionais de ensino e que podem elevar os resultados de treinamentos, contando inclusive com mais engajamento dos profissionais.
Ao pensarmos na aplicabilidade dessa extensão do mundo físico nas organizações, especialistas preveem que o trabalho remoto ou híbrido tende a se afirmar cada vez mais como um formato consolidado no mercado.
Por essa razão, algumas projeções indicam como isso pode ser traduzido em eventos cotidianos dentro de uma corporação. Veja alguns casos na lista abaixo:
Esses são alguns exemplos práticos de como a tecnologia poderá ser incorporada às rotinas.
Gestores e times de RH têm um papel primordial para a introdução do metaverso no RH nas empresas. Por mais que a ideia pareça ser algo promissor, cabe à gestão de pessoas entender como as pessoas da equipe vão se comportar em um ambiente digital.
É importante que o RH se prepare articulando iniciativas a fim de familiarizar os funcionários com a novidade.
Muitas pessoas temem, por exemplo, que suas ocupações sejam extintas do mercado com a chegada desse tipo de tecnologia. Por essa razão, também é essencial compreender quais são, de fato, as mudanças cabíveis à realidade da empresa antes de qualquer alarde.
Nessa linha, é interessante incluir na pauta do RH ações como:
Vale lembrar que nada acontecerá de repente, mas que é preciso agir e atualizar-se enquanto esse processo de mudança está em andamento.
Até aqui, conferimos expectativas e pontos positivos das experiências de uma realidade estendida. Porém, devemos pontuar que alguns desafios precisam ser superados, como:
O que vimos neste artigo é um recurso com muito potencial de uso, o metaverso no RH, que deve ser combinado a outras tecnologias de RH para aprimorar a gestão de pessoas com dados conclusivos e análises inteligentes.
Então, para complementar essa leitura, acesse mais um artigo da Pulses indispensável para uma atuação estratégica do seu time de RH!