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Metaverso no RH: tudo que você precisa saber

Foto de Fábio Bucior, especialista Pulses em Gerência de Projetos
Por Fábio Bucior 9 min leitura

Fique por dentro das transformações que avatares e o mundo digital vão proporcionar nas relações de trabalho

O metaverso no RH promete criar ambientes virtuais de interação e trazer mudanças disruptivas para o mundo corporativo, para além do trabalho híbrido ou remoto. 

Uma pesquisa da PwC realizada nos Estados Unidos com executivos de diversas empresas revelou que:

  • 66% das organizações estão altamente engajadas com o assunto;
  • 82% dos entrevistados têm expectativas de que essa tecnologia esteja integrada às atividades do negócio em três anos;
  • 42% das empresas pretendem incluir esse recurso a práticas de onboarding e treinamentos e 36% às trocas de trabalho entre colegas. 

Frente a tudo isso, as principais inquietações sobre a realidade estendida questionam quais serão as mudanças efetivas para os profissionais e de que forma a gestão humanizada poderá prevalecer — e se valer desse tipo de recurso — para ser desempenhada no dia a dia. 

Um homem e uma mulher sorrindo e olhando para um tablet em referência à gestores de pessoas

Para conferir as respostas, previsões e apostas do time da Pulses, siga com a leitura deste artigo que preparamos sobre o tema!

Mas afinal, o que é metaverso?

Do inglês “metaverse”, metaverso (ou universo digital) é o nome dado a uma rede que conecta mundos virtuais sincronicamente, simulando a realidade em 3D e criando um ciberespaço para convivência social e econômica entre avatares. 

Para termos uma ideia sobre a magnitude desse novo modelo de experiência, quem tem idade suficiente pode comparar o impacto desse conceito à chegada da internet, há cerca de 30 anos. 

Foi uma revolução em diversos sentidos, não é mesmo? E estamos prestes a atravessar mais um movimento semelhante.

A proposta agora é criar valor real em um mundo totalmente virtual, unindo tecnologias como:

  • Realidade aumentada;
  • Inteligência Artificial;
  • Blockchain;
  • Redes sociais;
  • Criptomoedas. 

Com o progresso dos meios de conexão e de infraestrutura, esse recurso segue ganhando forma e promete adaptar a maneira como trabalhamos, consumimos, buscamos entretenimento, aprendemos e convivemos

Descubra os desafios da comunicação organizacional do futuro neste podcast da Pulses!

A origem do conceito

O termo “metaverso” se popularizou logo após o anúncio do Facebook sobre a construção do seu próprio universo virtual. Acompanhando a mudança de nome da empresa para “Meta”, Mark Zuckerberg destinou 50 milhões de dólares à iniciativa. 

Na sequência, a Microsoft também entrou nessa corrida com novidades. Entre elas, além de apresentar uma plataforma de realidade mista ao mercado em 2021, chamada Microsoft Mesh, a gigante da tecnologia fez a integração dela com o Microsoft Teams (serviço de reuniões online). 

Com isso, os usuários passaram a ter a possibilidade de criar espaços virtuais imersivos para socialização e optar pelo uso de um avatar para participar de reuniões. 

Apesar dessa mobilização recente, a expressão que faz referência ao universo virtual foi cunhada pelo autor Neal Stephenson, em 1992, no livro de ficção científica “Snow Crash”. O termo “avatar” também apareceu pela primeira vez neste livro. 

Ilustração de um homem com celular na mão e com óculos de realidade virtual representando o metaverso no rh

Metaverso no RH: o que pode (e deve) mudar na gestão de pessoas

O que, então, esse fenômeno da tecnologia da informação tem a ver com a atuação do RH nas empresas? Bom, o que sabemos, por enquanto, são palpites.

Alguns conceitos provavelmente serão diretamente afetados pela inovação que o metaverso na gestão de pessoas será capaz de propiciar. Pelas características e pelo potencial de utilização, podemos destacar as seguintes frentes que serão impactadas:

Nova cultura organizacional

O fenômeno digital dá indícios de que as organizações vão passar por uma revisão do modelo organizacional

Em vez de se basearem em hierarquias de espaço, um formato diferente deve se configurar como resultado de ambientes compartilhados e com acesso igual a todos

Sendo assim, uma “democracia na prática” deverá propor novas diretrizes, proporcionando trocas mais frequentes entre profissionais de áreas e níveis de senioridade variados.

Outro ponto a ser destacado nesse âmbito é o fortalecimento da cultura organizacional em tempos de trabalho à distância, uma vez que colaboradores terão um tipo de convívio mais frequente e conectado a partir das imersões. 

Employee experience

Os instrumentos de uma realidade em 3D e as alternativas que poderão ser operadas com eles vão permitir a colaboração em tempo real. Com isso, o nível de entrosamento e socialização vai se sobressair significativamente à vivência das telas à qual estamos acostumados. 

Mulher sorrindo enquanto segura um tablet e olha para frente

As corporações terão a oportunidade de trabalhar aspectos ligados a employee experience, aprimorando a experiência dos colaboradores ao longo de sua jornada com o metaverso no RH.

Inclusão e diversidade

Avatares 3D altamente realistas vão representar as mais diversas personalidades e aparências, cumprindo o papel de representar os seres humanos virtualmente. E não para por aí: nossa linguagem corporal também será reproduzida. 

Esse fator, somado à possibilidade de compartilhar espaços com profissionais de diferentes níveis de especialização, vai aumentar a profundidade de trocas e aprendizados no dia a dia. Ou seja, a Diversidade & Inclusão vão ser impulsionadas nas rotinas corporativas. 

Produtividade

Imagine que profissionais vão poder compartilhar muito mais do que documentos ao interagirem. O uso de modelos 3D vai favorecer o trabalho dos colaboradores a partir da capacidade de reproduzir uma ampla variedade de objetos. 

As conexões vão se aproximar muito da realidade, e o trabalho remoto vai ser desempenhado praticamente com as mesmas condições do formato presencial

Esse é um caso que demonstra o quanto a tecnologia poderá aumentar a produtividade na empresa em vez de eliminar funções (fato temido por muitas pessoas!).

Desenvolvimento dos profissionais

Assim como a internet revolucionou nossa forma de aprender, o metaverso também chegará com essa proposta. A capacitação de colaboradores contará com ferramentas aprimoradas de treinamento para qualquer área de ensino, viabilizando:

  • operação de instrutores à distância com alto nível de interação;
  • criação de variados cenários para estudar atitudes a serem tomadas;
  • possibilidade de aprender na prática. 

São artifícios que complementam técnicas tradicionais de ensino e que podem elevar os resultados de treinamentos, contando inclusive com mais engajamento dos profissionais. 

Metaverso no RH na prática

Ao pensarmos na aplicabilidade dessa extensão do mundo físico nas organizações, especialistas preveem que o trabalho remoto ou híbrido tende a se afirmar cada vez mais como um formato consolidado no mercado. 

Por essa razão, algumas projeções indicam como isso pode ser traduzido em eventos cotidianos dentro de uma corporação. Veja alguns casos na lista abaixo:

  • Interações do dia a dia — Com ambientes corporativos modelados, como salas e escritórios, colaboradores poderão interagir usando avatares, participando de eventos como reuniões internas e externas (com clientes e fornecedores, por exemplo), onboardings, treinamentos, entrevistas de emprego, entre outros. 
  • Realidade aumentada — Recursos de realidade aumentada vão incrementar a apresentação de processos internos, ou mesmo a criação de campanhas personalizadas dentro da empresa. Outro exemplo foi a aplicação dessa tecnologia para recrutamento, como foi o caso da Samsung e da Hyundai, que participaram de uma feira virtual de emprego realizada em um espaço virtual chamado Gather Town. 
  • Gamificação — Mais oportunidades de interação serão agregadas a ações de gamificação e, com isso, as chances de engajar colaboradores com recursos do universo digital serão maiores.

Esses são alguns exemplos práticos de como a tecnologia poderá ser incorporada às rotinas. 

Como preparar os times para as mudanças

Gestores e times de RH têm um papel primordial para a introdução do metaverso no RH nas empresas. Por mais que a ideia pareça ser algo promissor, cabe à gestão de pessoas entender como as pessoas da equipe vão se comportar em um ambiente digital

É importante que o RH se prepare articulando iniciativas a fim de familiarizar os funcionários com a novidade.

Muitas pessoas temem, por exemplo, que suas ocupações sejam extintas do mercado com a chegada desse tipo de tecnologia. Por essa razão, também é essencial compreender quais são, de fato, as mudanças cabíveis à realidade da empresa antes de qualquer alarde

Nessa linha, é interessante incluir na pauta do RH ações como:

  • reforçar o significado da colaboração no trabalho remoto;
  • buscar instruções sobre novas tecnologias;
  • revisar os processos corporativos;
  • preparar e desenvolver as lideranças para mudanças;
  • fazer pesquisas constantes para entender a percepção das equipes sobre essas e outras iniciativas.

Vale lembrar que nada acontecerá de repente, mas que é preciso agir e atualizar-se enquanto esse processo de mudança está em andamento.

Desafios a serem vencidos

Até aqui, conferimos expectativas e pontos positivos das experiências de uma realidade estendida. Porém, devemos pontuar que alguns desafios precisam ser superados, como:

  • Ética e comportamento — Ainda não existe legislação para o metaverso. Por esse motivo, para adotarem essa tecnologia e evitarem problemas, as empresas terão que se dedicar a elaborar políticas e regras de conduta como guia para as interações;
  • Suporte de tecnologia — A capacidade de infraestrutura de TI para suportar a robustez do universo virtual pode ser um fator limitante e as organizações devem se atentar a isso;
  • Saúde mental — Embora esse tipo de tecnologia ofereça conexões mais humanizadas por meio de experiências e contato síncrono, unir o real e o virtual pode interferir na distinção dessas duas perspectivas por parte das pessoas. 

A importância das tecnologias para o RH

O que vimos neste artigo é um recurso com muito potencial de uso, o metaverso no RH, que deve ser combinado a outras tecnologias de RH para aprimorar a gestão de pessoas com dados conclusivos e análises inteligentes. 

Então, para complementar essa leitura, acesse mais um artigo da Pulses indispensável para uma atuação estratégica do seu time de RH!

Saiba o que é Machine Learning e como essa tecnologia pode ser aplicada ao RH da sua empresa para melhorar o uso de dados sobre o capital humano! 

Tela do produto pulses by gupy com métricas para otimização de recursos
Fábio Bucior Fábio Bucior é Cofounder, Head of Engineering da Pulses. Administrador, pós-graduado em Gerência de Projetos. Experiência com gerência de projetos de tecnologia de informação, desde o planejamento, gestão e desenvolvimento de plataformas e sistemas aplicados à Recursos Humanos, Treinamentos e Educação. Professor de graduação e pós-graduação. linkedin.com/in/bucior/

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