É essencial que as empresas interessadas em fazer seus negócios crescerem saibam o que é o intraempreendedorismo e quem são as pessoas intraempreendedoras.
Se não fosse por uma habilidade empreendedora de um de seus profissionais, talvez o Facebook não tivesse o botão curtir até hoje. Pois é, a popular mãozinha de dedinhos fechados e polegar para cima só está lá porque uma pessoa colaboradora teve uma ideia que foi ouvida, desenvolvida e levada adiante.
É por isso que muitas organizações criaram áreas específicas de inovação. São ambientes seguros e com orçamento exclusivo para se testar novas iniciativas para os negócios, com potencial para renovar produtos, ofertas e gerar crescimento.
Possibilitar aos talentos que desenvolvam e validem suas ideias, mesmo as mais simples, pode provocar um alto impacto no negócio e, além de tudo, ser benéfico para diminuir o turnover.
Afinal, as pessoas tendem a permanecer na empresa quando percebem de forma prática que há uma cultura de confiança, que possibilita a inovação e o crescimento.
Gifford define o intraempreendedorismo como a prática de empreender dentro de uma empresa existente, buscando inovação, criatividade e mudança para impulsionar o crescimento e o sucesso.
Embora pareça um conceito novo, essa cultura é algo sobre o qual se fala há 35 anos.
Gifford Pinchot III, inventor norte-americano e autor do livro ?Intrapreneuring: Why You Don’t Have to Leave the Corporation to Become an Entrepreneur? foi o primeiro a se referir sobre o assunto.
Ainda segundo o autor, pessoas intraempreendedoras são aquelas dispostas a assumir riscos calculados para introduzir novas ideias, processos e produtos em suas organizações.
Portanto, ser um intraempreendedor é possuir a capacidade de identificar oportunidades e implementar soluções inovadoras dentro da própria empresa.
O foco dessa abordagem nas empresas é o pensamento criativo, citado pelo futurista Bernard Marr como uma das 10 habilidades que precisam ser desenvolvidas até 2030.
Proatividade, capacidade de liderança, visão estratégica e resiliência são algumas das características associadas a essa habilidade. Todas são muito semelhantes às habilidades do empreendedorismo corporativo, embora os conceitos sejam distintos.
O que mais diferencia esses conceitos é o vínculo do profissional com o negócio.
No exemplo do Facebook, o empreendedorismo foi aplicado por Mark Zuckerberg. Um dos homens mais ricos do mundo teve uma ideia e a transformou em um negócio lucrativo. O Facebook possui mais de 75 mil pessoas colaboradoras atualmente.
Um desses profissionais estava em um hackathon interno da empresa quando surgiu a iniciativa intraempreendedora de criar o botão “curtir”.
Resumindo: o empreendedorismo corporativo é aplicado pela pessoa que tem uma ideia e a transforma em negócio, mas que precisa de profissionais para fazê-la crescer.
Já o conceito de “intraempreender”é quando um desses profissionais vinculado à empresa tem uma sugestão para melhorar o negócio e o tornar mais rentável ou atraente para o público.
O empreendedorismo corporativo é mais conhecido porque qualquer empresário é um empreendedor. Mas não é todo profissional que se destaca como intraempreendedor.
É importante ressaltar, também, que essa cultura só funciona nas empresas se as pessoas colaboradoras com senso de dono tiverem realmente abertura para expor suas ideias.
Não é uma, nem são somente duas histórias que são contadas sobre pessoas profissionais que deixaram seus cargos por falta de espaço para desenvolver uma iniciativa na empresa, levaram a ideia consigo e a transformaram em um negócio que superou o da empresa de onde saíram.
As organizações possuem muitos talentos que podem ser aproveitados desde que sejam concedidos os meios para que essa cultura funcionar:
Todas essas iniciativas conduzem as pessoas a ofertar suas melhores ideias para o crescimento da empresa, ou seja, despertam o intraempreendedor que existe em cada um. As vantagens e desvantagens de empreender dentro de uma organização é um ponto a ser considerado à parte.
É mais interessante focar no porque empreender é importante. Em resumo, sem a atitude empreendedora de pessoas como Travis Kalanick, a humanidade não usaria recursos como a Uber.
Eis uma das razões sobre qual a importância do intraempreendedor para as empresas. Inovar com os próprios talentos ? que podem fazer milagres, sim!
Para inovar é preciso de um tanto de criatividade e em um espaço com liberdade de expressão e pensamento. Assim, novas ideias surgem mais fácil.
Um fenômeno interessante é que conforme as iniciativas intraempreendedoras são aceitas, mais pessoas se sentem interessadas em desenvolver habilidades para apresentar e executar suas propostas para o negócio.
O que mais acontece quando se fomenta o intraempreendedorismo é o aumento da satisfação das pessoas colaboradoras por se envolver em projetos que realmente são de seu interesse e tem muito da sua própria contribuição.
O exemplo do Facebook demonstra como essa prática pode trazer resultados se implantado na cultura organizacional. Mas há outras boas experiências para conhecer:
Uma aposta da multinacional para desenvolver soluções inovadoras são as intrastartups, conduzidas por pessoas colaboradoras. Uma das soluções originadas da iniciativa é a Plataforma Bosch de Pecuária de Precisão.
O estúdio de animação estimula o intraempreendedorismo mantendo um canal interno aberto para as pessoas enviarem suas ideias para longa metragens.
Na multinacional de tecnologia foi a percepção de um colaborador sobre as necessidades dos pequenos varejistas que fez surgir um projeto de automação para essas empresas. A iniciativa ajudou os negócios a se manterem competitivos no mercado e fortaleceu a marca para os consumidores.
A cadeia de fast food têm as suas diretrizes para os franqueados, porém, é aberta a novas ideias.
Assim, surgiu o McLanche Feliz para o público infantil, na lanchonete de Saint Louis, por iniciativa de Dick Brams que percebeu que poderia dar ao público infantil uma opção diferenciada no cardápio.
Há algumas formas de incentivar essa habilidade nas empresas e ver surgir novas ideias para diversificar ou melhorar os resultados das organizações. Só é preciso saber por onde começar:
Para implementar essa cultura em qualquer uma das suas formas, é preciso saber se as pessoas colaboradoras possuem as características típicas de um intraempreendedor.
Pesquisas de perfil ajudam muito nisso. Uma ferramenta disponível, por exemplo, é o teste desenvolvido por Luiz Uriarte, Mestre em Engenharia de Produção, e que pode ser aplicado pelos profissionais de RH.
Novas ideias surgem onde há espaço para crescer e muito desse ambiente favorável tem relação com a liderança. Para essa habilidade acontecer, elas precisam ser colaborativas, incentivar as iniciativas e contribuir para o desenvolvimento das propostas das pessoas do time.
Uma vez analisado o perfil de intraempreendedor e compreendido pelas lideranças como sua atuação fortalece a cultura intraempreendedora, só é preciso escolher em qual tipo de intraempreendedor a empresa quer investir:
Contar com uma plataforma avançada que utiliza inteligência artificial pode facilitar, por exemplo, a criação dos planos de ação para colocar essas ideias em prática.
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