O empreendedorismo está completamente cheio de termos e expressões próprias, que podem ser bem confusos até mesmo para quem já faz parte integral do meio. Entre eles estão MVP, elevator pitch, e até mesmo o conceito de inovação disruptiva.
A seguir você pode conferir mais sobre o conceito e conhecer detalhes sobre o termo.
Além disso, explicamos como ela pode ser a maior aliada do RH para a transformação do setor e apresentamos os 15 principais exemplos para colocar em prática na sua gestão. Confira e aprenda mais sobre a inovação disruptiva!
O conceito refere-se a um produto ou serviço que cria um segmento novo ou descontínua um mercado existente. Levando em conta, claro, que essa desconsideração é a alteração de alguns fatores tradicionais de valor em um mercado que já existia anteriormente.
Em outras palavras, a inovação disruptiva provoca a padronização dos negócios, gerando produtos cada vez mais massificados. É a tecnologia criando hábitos novos e fazendo com que os antigos caiam em desuso de maneira drástica.
Isso tem se tornado muito comum, principalmente em um cenário em que as transformações já são velozes, e ficaram ainda mais em decorrência da pandemia.
Dessa maneira, os profissionais que querem fazer parte da inovação no mercado precisam estar atentos a essa nova tendência.
E isso é válido principalmente para alguns setores da empresa que precisam acompanhar transformações para garantir o melhor desempenho da empresa. O RH ganha destaque nesse quesito de velocidade de transformação.
Antes de seguirmos para os exemplos, gostaríamos de explicar o conceito de inovação incremental.
Ela consiste na melhoria de um produto já existente no mercado, e não na criação de um novo produto que visa revolucionar alguma área. Esta é a sua maior diferença para a inovação disruptiva.
O termo foi criado por Clayton Christensen, professor da Universidade Harvard, com o propósito de fazer a definição das tecnologias capazes de transformar um setor completamente.
Segundo ele, a disrupção ocorre quando ?uma empresa com menos recursos é capaz de desafiar com sucesso as empresas já estabelecidas?.
Mas você já sabe quais elementos caracterizam esse tipo de inovação? Confira-os:
Para que uma solução viralize e seja preferível acima dos líderes do mercado, muitas vezes é necessário que ela tenha um preço significativamente menor pelo mesmo serviço. Ou até mesmo tenha um preço igual ou um pouco acima, mas tenha mais oferecimentos.
Essa sustentabilidade não é a tão famosa, que diz respeito ao meio ambiente. Ela é a possibilidade de a empresa oferecer algo que seja sustentável em longo prazo, de maneira que o público alcançado não precisará dos serviços temporariamente.
A solução disruptiva precisa abranger um público que não era alcançado pelas empresas convencionais, de maneira a abranger tanto o público dessas empresas quanto o novo.
É óbvio que no processo, alguns conceitos serão reutilizados. Mas na grande maioria dos casos, essa inovação precisará criar um novo conceito, que poderá ou não ser aceito pelos consumidores.
Por ser algo inovador, é necessário fazer incontáveis pesquisas de mercado, entendendo se a inovação realmente sana a necessidade imediata e a longo prazo dos clientes.
Apesar das pesquisas serem extremamente importantes, por ser algo novo no mercado, há um risco real de não aderência ao que é oferecido. E por essa falta de certeza na previsibilidade, há um grande risco de fracasso.
Já falamos bastante sobre as características desse tipo de inovação, mas você já conseguiu imaginar empresas que surgiram dessa maneira?
A seguir, apontaremos algumas inovações disruptivas muito famosas e como elas revolucionaram o mercado.
Já demos destaque aqui a cultura organizacional da Netflix. A empresa é pioneira em inovação em muitos aspectos e, neste em específico ela é um exemplo muito bem sucedido.
Se voltarmos para apenas alguns anos, a maneira de consumir filmes ou seriados era através da compra ou aluguel de DVDs em video locadoras.
Mais antigamente, eram as fitas cassete, e tanto uma quanto a outra precisavam de aparelhos específicos plugados à TV para que pudessem trazer a exibição do filme nas casas.
E é óbvio que a opção cinema existia, e ainda é muito forte até hoje. Mas o que a Netflix visou revolucionar foi a maneira como os filmes eram assistidos nas casas, fugindo do ambiente do cinema.
E essa revolução foi tamanha que as videolocadoras foram à falência, praticamente sumindo pelas cidades.
A inovação foi tamanha que são raríssimas as pessoas que ainda dependem de dispositivos físicos para assistirem seus filmes. Basta apenas uma TV ou aparelho eletrônico com acesso à plataforma e pronto, assistir filme se tornou muito mais fácil!
É importante ressaltar que a Netflix não iniciou com a proposta que possui hoje, funcionando como uma empresa de correspondências em DVD inicialmente. Mas através de um investimento ousado, ela foi capaz de substituir os seus maiores concorrentes.
Na prática, ocorreu a interrupção do player estabelecido, e isso é uma das características mais gerais dessa modernidade.
Os táxis dominavam o mercado de transportes, sendo às vezes substituídos por transportes particulares para pessoas com maior poder aquisitivo, como motoristas particulares.
Mas a verdade é que não havia competição de mercado, uma vez que apenas os táxis, que precisavam passar por toda uma burocracia e reporte governamental.
A Uber não revolucionou completamente o setor, uma vez que ainda são pessoas que utilizam do transporte e do motorista de uma empresa.
Contudo, trouxe a facilitação completa do processo, permitindo que motoristas que já possuem um veículo pudessem se tornar autônomos e ter uma alternativa de trabalho muito mais versátil, com menos burocracia e maior flexibilidade.
Além disso, os clientes passaram a pagar menos e a poder chamar o veículo muito mais rapidamente, o que ainda é uma vantagem tremenda para o consumidor.
Apesar de muitas críticas sobre a vantagem para o motorista e suas condições de trabalho, o sucesso da Uber foi tão grande que muitas outras versões do aplicativo surgiram, como a 99taxi, Cabify, entre outras.
Funcionando de forma muito parecida com a Uber, a inovação disruptiva da BlaBlaCar proporcionou a união de pessoas que precisam chegar a um mesmo destino. Por exemplo, um cliente vai para Belo Horizonte de carro e outro precisa de carona.
O aplicativo une os interesses: um consegue carona, o outro economiza na gasolina e ganha um companheiro de viagem.
Essa inovação é muito interessante, e funciona de maneira semelhante a diversas empresas líderes no mercado atual, unindo objetivos e cobrando uma pequena taxa de serviço no processo.
O conceito de pedir comida já existia antes, mas a inovação aqui foi feita através da junção de diversos restaurantes e categorias em um aplicativo.
Funcionando como um marketplace, o Ifood facilitou imensamente a vida dos clientes, transformando completamente a sua maneira de buscar por restaurantes, facilitando-a e tornando a entrega muito mais rápida.
O fato é que apesar de muitos estabelecimentos, como por exemplo pizzarias, já funcionarem com entrega, principalmente pelo telefone, o aplicativo foi certeiro em universalizar este tipo de serviço para todos os restaurantes.
Tamanha foi a inovação que alguns restaurantes do mercado trabalham apenas com entregas, o que era algo inimaginável alguns anos atrás.
Os restaurantes que optaram pelo cadastro Ifood também são beneficiados, uma vez que a ferramenta de busca do aplicativo serve como uma grande forma de garantir que o restaurante tenha visibilidade, aumentando suas vendas e trazendo reconhecimento.
O Rappi, de maneira semelhante aos outros aplicativos de transporte que surgiram após a Uber, tentou seguir o ramo do Ifood ao conectar os usuários com restaurantes.
Porém, a verdadeira inovação aqui foi quando o aplicativo expandiu a gama de oferecimentos, fazendo delivery de farmácias, supermercados, também restaurantes, entre outros.
Essa funcionalidade ganhou ainda mais destaque na pandemia, quando as saídas para o supermercado eram muito arriscadas. Os deliverys de supermercado tornaram o aplicativo muito conhecido, de maneira que se tornou indispensável mesmo após a crise.
Não muitos anos atrás, era o sonho de qualquer pessoa ter uma câmera Kodak. Elas registravam momentos, que precisavam ser revelados e colocados em um álbum.
As câmeras dos smartphones acabaram com este conceito, levando em conta que pouquíssimas pessoas revelam fotos hoje em dia, preferindo armazenar as fotografias na nuvem ou no próprio aparelho.
Isso prova que a inovação disruptiva não precisa ser necessariamente uma empresa, podendo ser apenas um acessório de um produto.
O clima organizacional da Google já foi destaque em nossos conteúdos, mas aqui não vamos nos referir a empresa como um todo, e sim a ferramenta de pesquisas mais utilizada no mundo.
A inovação que a Google oferece é a centralização e facilidade de pesquisa das informações. Se antes era necessário consultar listas telefônicas, enciclopédias, livros, bibliotecas, entre outros, a Google torna esse processo muito mais fácil e eficiente.
A Wikipédia é como uma enciclopédia online. A diferença é que as informações podem ser adicionadas por membros da comunidade, criando páginas de pesquisa ou alterando outras.
Apesar da informação não ser tão confiável, tendo em vista essa liberdade de edição, a inovação está justamente na funcionalidade de edição conjunta.
A inovação que o iTunes trouxe foi uma biblioteca de mídia e um mercado de música, de maneira que os usuários do iPod podiam comprar suas músicas virtualmente, oferecendo também conveniência e um preço muito mais baixo.
Isso integrou a internet ao processo de curadoria de músicas, e a maneira como se consome esse tipo de arte foi para sempre transformada.
Seguindo a mesma linha da biblioteca de músicas online, o Spotify oferece um serviço gratuito – mas também com planos e vantagens para assinantes – que amplia a inovação criada pelo iTunes.
Consumir música tornou-se ainda mais fácil, necessitando apenas de internet para encontrar qualquer hit.
O Spotify também conta com uma ferramenta de Inteligência Artificial que recomenda as melhores músicas para o usuário, e ampliou-se ainda mais quando passou a oferecer podcasts.
O Nubank veio com o objetivo de ser um banco mais acessível, principalmente para os jovens.
O fato é que a estrutura bancária tradicional dominava os serviços financeiros, e o Nubank a desafiou através da eliminação das taxas de juros, possibilitando a criação de uma conta e cartões gratuitos.
Isso tornou o ato de abrir uma conta muito mais fácil, e também popularizou a ideia de banco 100% online, levando em conta que o Nubank não possui uma instituição física.
A interface visa dar controle das finanças a qualquer usuário, sem a complicação e burocracia de precisar dos gerentes.
O Airbnb é uma plataforma que visa aproximar os que precisam alugar ou vender um imóvel daqueles que querem usufruir deste serviço ou compra. A plataforma apresenta diversas opções cadastradas e o cliente escolhe a que mais se adapta aos seus objetivos.
Isso traz maior visibilidade e possibilidade de compra ou aluguel para o imóvel, e também oferece uma vasta gama para que os clientes façam a sua escolha, mais um exemplo da inovação disruptiva.
SMS, MSN, ligações telefônicas, e-mail, tudo isso foi substituído pelo Whatsapp. A inovação do aplicativo está na revolução na maneira com a qual as pessoas se comunicam, gratuitamente e necessitando apenas de internet.
Tamanho foi seu sucesso que a empresa não para de expandir seus serviços, funcionando de maneira a permitir envio de documentos, imagens, até figurinhas!
A Yellow é uma empresa que oferece o aluguel temporário de bicicletas e patinetes para facilitar e tornar mais sustentável o transporte da população.
facilitar e tornar mais sustentável o transporte da população.
Apesar da empresa não existir mais no Brasil, ela gerou uma grande inovação, e algumas outras empresas ainda oferecem seus serviços, como as bicicletas do Itaú.
O Mercado Livre também funciona unindo os consumidores dos produtos que eles buscam, trazendo diversas opções de vendedores, com inteligência competitiva e maior velocidade de entrega.
Essas entregas chegam a bater de frente com os Correios, sendo mais baratas e eficientes, sem a tão famosa taxação.
As transformações estão cada vez mais velozes por causa da tecnologia, e ser um profissional líder no mercado significa fazer parte dessa inovação disruptiva.
Uma das áreas que mais precisa aprender a lidar com todas essas transformações tecnológicas é o RH.
Pensando nisso, é importante, antes de tudo, saber qual o novo papel na era digital e cognitiva e entender como as inovações apresentadas aqui se aplicam no setor.