A felicidade no trabalho tem sido foco de muitas pesquisas, principalmente da Psicologia Positiva. A psicologia positiva dedica-se a pesquisar estados afetivos positivos, como a felicidade, a resiliência e a qualidade de vida, entre outros.
Existem várias definições de felicidade, mas a maioria delas aponta à um estado emocional positivo, com sentimentos de bem-estar e prazer. Observa-se que grande parte das publicações não utiliza o termo felicidade e sim bem-estar, utilizando dessa forma o bem-estar como sinônimo de felicidade (Csikszentmihalyi , 1990; Ryan e Deci, 2000; Scheier et al., 2001; Diener e Biswas-Diener, 2002; Kahneman et al, 2003; Cloninger, 2004; Peterson e Seligman, 2004).
A busca pela felicidade é muito antiga, estava presente nas indagações dos filósofos como Sócrates, Santo Agostinho e Kant. Acreditavam que a felicidade era o objetivo da existência humana. Porém, sempre houve e ainda há uma grande dificuldade em defini-la e caracterizá-la.
A felicidade ou bem-estar psicológico, têm relação com fatores como a saúde, autoestima, mas o foco está na sua relação com os outros e com o ambiente.
Ficar atento a felicidade no trabalho é importante, pois a falta desta pode ser uma das causas da alta rotatividade dos colaboradores, alta taxa de absenteísmo e alto índice de atestados médicos na organização.
A felicidade vem da escolha de ser feliz com o que você faz, fortalecendo seus relacionamentos mais próximos e cuidando de si mesmo fisicamente, financeiramente e emocionalmente. Assim, revelou uma pesquisa de Harvard que iniciou em 1938.
Robert Waldinger, um psiquiatra de Harvard, assumiu o mais de 75 anos de duração do “Grant Study” em 2003, tornando-se a quarta pessoa para executá-lo. Este estudo é o mais longo sobre a vida adulta já feita. Durante 75 anos acompanharam a vida de 724 homens, perguntando sobre trabalho, vida familiar, saúde. Destes 724 homens, 60 ainda estão vivos e ainda participam do estudo.
Começou seguindo as vidas de homens selecionados da universidade de Harvard – entre eles o presidente John F. Kennedy e o editor anterior Ben Bradlee de Washington Post – e seguiu cada aspecto da vida deles. Na década de 1970, esse estudo se associou com outro semelhante sobre um grupo de jovens homens de Boston, o que lhes permitiu contrastar status social e educação.
Periodicamente, o bem-estar físico e emocional dos homens são avaliados. Muitas conclusões foram obtidas a partir do monitoramento dessas vidas de jovens adultos até a velhice, mas para Waldinger há algo claro: Os participantes que têm mais felicidade e são mais saudáveis em ambos os grupos foram os que mantiveram relações estreitas e íntimas.
“Relacionamentos bons e íntimos parecem nos proteger de situações adversas”, disse Waldinger em sua apresentação no TedTalk (assista logo abaixo).
Então, que tal tirar mais tempo para estar com pessoas próximas? Chame seu colega de trabalho para o almoço. É importante manter bons relacionamentos no trabalho – isso possibilita felicidade.