Imprevistos acontecem o tempo todo, dentro ou fora do ambiente de trabalho. Doenças, falta de energia elétrica, problemas no trânsito, queda de internet… Poderíamos listar uma série de surpresas que implicam na falta no trabalho.
O grande problema é quando a ausência se torna recorrente e prejudica, não somente o profissional, como a empresa. O que fazer quando um colaborador se ausenta rotineiramente, com ou sem justificativas?
Como esse é um questionamento que gera uma série de desafios para gestores de RH, preparamos um conteúdo para te ajudar a encontrar as melhores respostas para solucionar esse problema e evitar que ele ocorra com frequência.
Existem diversos motivos que levam as pessoas a faltarem no trabalho e eles variam conforme a região, área de atuação, condições de trabalho e de vida, questões pessoais etc. Porém, entre os principais motivos estão os problemas de saúde física, psicológica e de motivação.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que, entre as principais causas da falta no trabalho, a doença é a que mais se destaca.
Durante a realização da pesquisa, foi registrado que 53,5% dos colaboradores faltaram ao trabalho ao menos um dia para ir a consultas de rotina ou de emergência.
O estudo foi realizado com mais de 2.200 colaboradores das áreas operacionais, call center e administrativo de uma empresa aérea nacional, sendo 58% do grupo composto por mulheres.
Outro fator que chama a atenção é que, entre essas mulheres, 40% apresentavam alto nível de estresse.
Ainda de acordo com a FGV, pessoas jovens e com menor nível educacional, além de profissionais com elevado nível de estresse, foram os que mais se ausentaram de suas atividades laborais.
Isso dá margem para a análise de outro cenário: tanto o nível de educação quanto o tipo de trabalho podem afetar diretamente o estilo de vida dos colaboradores.
O estudo chama a atenção ainda para a falta de atividade física e tabagismo. Fumantes e ex-fumantes são mais propensos a se ausentar da empresa devido aos problemas de saúde que o cigarro causa.
Esses dados, apesar de representarem apenas uma empresa, trazem uma série de reflexões sobre os possíveis motivos e que medidas tomar para evitar o absenteísmo.
Existem dois tipos: as justificadas e as injustificadas.
As faltas injustificadas são aquelas que não têm razão aparente. Geralmente, o colaborador se ausenta do trabalho por algumas horas ou até mesmo dias e não comunica seu líder.
Quantas vezes o colaborador pode faltar sem justificativas? De acordo com o Código do Trabalho, a falta indevida no trabalho traz prejuízos graves se atingir 30 dias seguidos, situação que é configurada com abandono.
Já as faltas justificadas são previstas na lei sobre falta no trabalho, pelo artigo 473 da CLT, e não prejudicam os direitos do trabalhador. Elas podem ocorrer por razão de casamento, falecimento de cônjuge ou familiar e realização de provas de avaliação.
Além disso, são consideradas faltas legais no trabalho: doenças, acidentes, obrigações legais, nascimento e assistência a filhos, doação de sangue, alistamento eleitoral, serviço militar, comparecimento em juízo e representações sindicais.
Vale dizer que as faltas justificadas, apesar de não prejudicarem os direitos do trabalhador, podem implicar em descontos no salário. Além disso, elas podem interferir nos processos da empresa, atrasar entregas, entre outros cenários.
Em termos de legislação, a falta no emprego considera o ato em si, sem levar em conta as particularidades de cada colaborador. E é isso que diferencia as medidas que o RH deve tomar das ações do departamento financeiro, por exemplo.
O primeiro passo é entender a razão que está levando ao excesso de ausência e analisar cada caso em particular. Afinal, nem sempre a falta injustificada no trabalho sinaliza que o profissional não leva suas atividades a sério.
Independente da situação, é preciso olhar para o problema de forma ética e estratégica.
Com isso em mente, será possível focar em uma série de soluções, como as apresentadas a seguir. Lembre-se de que cada medida tomada deve traduzir os valores da empresa e manter a cultura organizacional em evidência.
Analise os fatos: Procure compreender quem é o colaborador fora da empresa, como é sua configuração familiar, condições de moradia, entre outros cenários. Uma escuta afetiva e empática pode ajudar a obter essas informações.
Mantenha o ambiente agradável: Assédio moral, espaço físico desestruturado, jornada excessiva, entre outros contextos, traduzem um ambiente de trabalho tóxico e acabam ocasionando no absenteísmo.
Motive os colaboradores: Isso pode ser feito por meio de feedbacks, momentos de descompressão, elogios, reconhecimento por alcance de metas, plano de carreira, benefícios, participação nos lucros, entre outras medidas.
Dialogue: Ao identificar o excesso de ausências, converse com o colaborador e o escute para entender a situação. Pergunte como a empresa pode ajudar, dependendo do caso. É importante também reforçar as políticas da empresa e suas consequências, que as faltas injustificadas podem levar a advertências e até mesmo ao desligamento.
Seja flexível: Dependendo da atividade do profissional, a qualidade da entrega vale mais do que a quantidade de horas trabalhadas. Nesses casos, procure ser flexível e garantir que o resultado seja alcançado, independente do tempo dedicado.
Acompanhe o clima e engajamento da empresa: Faça pesquisas de clima e engajamento para obter dados relevantes da percepção dos colaboradores a respeito da empresa, como a estrutura, bem-estar, relacionamento interpessoal e outros indicadores que podem influenciar nas faltas.
Retenha talentos: A falta de evolução na carreira pode ser um dos fatores que geram a falta no trabalho. Para evitar, crie um plano de carreira horizontal e vertical para todos.
Mesmo com a retomada das atividades presenciais após a pandemia do novo coronavírus, algumas empresas optaram por manter o sistema híbrido ou remoto.
É natural que, nessa nova realidade, líderes se questionem sobre como evitar a falta no trabalho e manter o engajamento e a produtividade de sua equipe.
Por se tratar de um cenário que se difere dos processos de gestão típicos do trabalho presencial, vale dizer que é preciso criar estratégias que se adequem a essa nova dinâmica. Veja quais são as principais:
Priorize a qualidade: Mantenha uma relação de parceria e confiança com sua equipe. O foco deve estar voltado mais para a qualidade das entregas do que da quantidade de horas que o colaborador passa diante de seu notebook.
Considere o período de adaptação: Nem todo colaborador pode estar preparado para lidar com novas tecnologias de produtividade. A ausência em uma reunião virtual nem sempre determina que o profissional faltou ao trabalho.
Reestruture o tráfego de tarefas: É preciso evitar a sobrecarga de atividades. O excesso de demandas pode implicar em atrasos, mas isso não quer dizer que o colaborador não está cumprindo com seu compromisso.
Invista em infraestrutura e benefícios: O profissional precisa de suporte adequado para realizar suas tarefas remotas. Forneça mobília ergonômica, bom equipamento e bons benefícios para ajudar.
A falta de um lugar adequado para trabalhar tende a reduzir a produtividade e gera ausências no trabalho. Por isso, redobre a atenção quando o assunto é o bem-estar do colaborador.
Fortaleça o senso colaborativo: RH, líderes de equipes, diretoria e colaboradores devem agir em prol da organização, motivação e entregas de qualidade. Isso demanda confiança e autonomia.
O ideal é garantir que todos se reconheçam como protagonistas dos processos. O senso de pertencimento e responsabilidade tende a reduzir significativamente o índice de falta no trabalho.
A boa comunicação e a análise particular das razões que levam à ausência são ótimos caminhos para evitar a falta no trabalho.
Vale a pena garantir que ele compreenda que sua presença é determinante para o bom andamento dos processos empresariais e que sua função faz toda a diferença para o sucesso do negócio.
Nesse caso, o ideal é investir em boas práticas para evitar o chamado absenteísmo e até o turnover. Uma das estratégias é contabilizar a ausência e rotatividade com o auxílio de uma calculadora.
Lembre-se de que a alta rotatividade, assim como a ausência de colaboradores, interferem diretamente no clima e na cultura da empresa. Por isso, é fundamental contar com ferramentas eficazes para avaliar esse cenário.
A Pulses by Gupy, criou uma calculadora de absenteísmo e turnover que vai te ajudar a avaliar dados e tomar as melhores decisões. Baixe gratuitamente e descubra analisar KPIs relevantes para o RH.