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Design Thinking aplicado a Recursos Humanos: o que é e quais as vantagens?

Foto de Michelly Dellecave, Especialista Pulses em Gestão de Pessoas
Por Michelly Dellecave 10 min leitura

Design Thinking aplicado a Recursos Humanos é a estratégia que pensa no desenho atual da sua corporação e propõe soluções inovadoras focadas na experiência humana.

Veja quais são as etapas para utilizar Design Thinking aplicado a Recursos Humanos e exemplos de aplicações do método

As empresas precisam buscar ferramentas para seguir as tendências da gestão de pessoas, e o design thinking aplicado a Recursos Humanos é um excelente recurso para isso!

Os modelos operacionais a caminho de um RH estratégico seguem se transformando. Dos processos ao capital humano, a inovação e a adaptabilidade são os únicos caminhos rumo a vantagens competitivas para sobrevivência no mercado.

Então, qual é a melhor forma de incluir na estrutura organizacional políticas flexibilizadas, processos mais diretos, menos burocracia, novos modelos de trabalho e funções no mundo corporativo? 

O que fazer para melhorar a experiência do colaborador com essas transformações? É o que você vai descobrir com a leitura deste artigo!

O que é Design Thinking?

Design thinking (DT), em português, significa “pensando em design”. Muito praticada em desenvolvimento de produtos e serviços, a metodologia passou a ser incorporada por diversas áreas de negócios além do design.

Você já parou para pensar em como é o desenho atual da sua corporação? É disso que estamos falando com o design thinking aplicado a Recursos Humanos.

O DT é um estímulo à criatividade. Tem o objetivo de propor soluções focadas na experiência humana, valendo-se de atividades colaborativas para conseguir respostas inovadoras. 

Esse movimento em torno da disciplina de design mostrou ao mercado como unir forma, função e vivência. 

 

Duas pessoas planejando ideias no quadro representando o design thinking aplicado a recursos humanos

Características do Design Thinking

Ao analisarmos as especificidades desta metodologia, podemos entender melhor por que a aplicabilidade em RH pode ser tão promissora. 

Em resumo, o DT:

  • propõe formas de inovação baseadas nos desejos e expectativas dos colaboradores;
  • pode servir de modelo para que outras equipes da empresa o coloquem em prática também;
  • é uma técnica que permite a visualização de perspectivas de longo prazo;
  • fornece liberdade aos profissionais envolvidos na proposição de soluções;
  • cria vínculos e aproxima pessoas colaboradoras e gestores por ser uma técnica compatível com a gestão participativa;
  • segue passos de interpretação das situações com base em critérios de empatia. 

Como funciona Design Thinking aplicado a Recursos Humanos

Não há nenhum segredo no design thinking aplicado a RH. Para empregar essa técnica, é preciso somente ter disposição para romper pensamentos tradicionais e dar liberdade à proposição de ideias. 

A única regra é visar as necessidades do público da empresa, ou seja, colaboradores, lideranças, candidatos e clientes. 

Com isso, a equipe de RH e as lideranças da corporação podem obter planos de ações mais precisos para aumentar a qualidade dos indicadores de clima, retenção e atração de talentos, engajamento e satisfação das pessoas. 

As vantagens do Design Thinking aplicado a Recursos Humanos

Citamos acima alguns indicadores que têm impacto direto na percepção dos públicos interno e externo de um negócio. Portanto, podemos dizer que métodos de DT podem trazer ganhos como:

São fatores diretamente ligados ao desenvolvimento da empresa.

Não à toa, a KPMG divulgou um estudo em 2019 indicando que o departamento de RH está apostando em habilidades de design thinking nos times para diagnosticarem o que realmente importa ao funcionário em 46% das organizações. 

Sendo assim, mais um benefício que podemos citar é a legitimação e eficiência de planejamentos estratégicos de Recursos Humanos. 

A relação entre Design Thinking e Employee Experience

Conforme vimos, o apoio do DT tem grande potencial de transformação sobre vários aspectos de atuação do RH. Porém, o employee experience merece destaque!

Jacob Morgan, um dos especialistas mais referenciados no futuro do mundo corporativo, fala sobre a urgência de diferentes modelos organizacionais com colaboradores no centro. 

Em outras palavras, novas perspectivas sobre o trabalho e a ressignificação da relação entre empresa e funcionários mexeram nas companhias a nível estrutural.

Modelos tradicionais não se enquadram nessa perspectiva, e a preocupação com funcionários dentro e fora da empresa depende de uma reformulação. Nesse ponto, o design thinking pode ser um grande aliado para que essa missão obtenha resultados promissores.  

Sendo assim, vamos entender como isso funciona quando voltado aos desafios do RH!

Etapas para utilizar Design Thinking

Colocar o design thinking em prática é como percorrer um caminho. Alguns checkpoints fazem parte do processo, e você vai conhecê-los na sequência!

Imersão e empatia

Imagine que a sua equipe de RH precisa aprimorar o processo de onboarding da organização. É uma excelente pedida, especialmente em companhias com jornada híbrida ou trabalho remoto. 

A imersão é o momento da apuração, quando visões diferentes devem ser consideradas para que uma situação seja entendida sob diferentes pontos de vista. 

São recomendadas conversas e pesquisas para levantar a maior quantidade de evidências com um público diversificado.

Isto é, no caso do onboarding, o ideal é que a empresa busque opiniões do próprio time de RH, bem como de colaboradores antigos, recém-chegados e gestores. 

Definição e sentido

Um personagem (também chamado de persona) é criado para simular o contexto do que está sendo analisado. É importante relacionar as dores e, ao identificar os pontos de melhoria, indicar o objetivo a ser buscado pelo processo.  

A partir daqui, é possível saber qual vai ser a orientação para a procura por respostas. Por exemplo: o onboarding precisa ser tão envolvente e receptivo à distância quanto presencialmente. 

Diante dos levantamentos feitos no passo anterior, vamos supor que a principal pergunta a ser respondida pelo desafio do design thinking do nosso exemplo seja como fazer isso com uma persona que mora em um país diferente e foi contratado para a equipe. 

Esse será o personagem que vai direcionar as discussões sobre as soluções a serem buscadas. 

Análise e ideação

Agora, é hora de reunir tudo o que foi coletado, analisar hipóteses e fazer um brainstorm. Frente aos padrões identificados, o que pode ser feito? 

Aqui vai uma dica de ouro: para enriquecer todo o processo, convoque uma equipe multidisciplinar. Isso enriquece as contribuições e pode proporcionar insights inovadores. 

Nessa etapa, podemos supor que o grupo chegue à conclusão de que o onboarding vai passar a ter o envio de um kit de boas-vindas com equipamentos e acessórios para home-office. 

Prototipagem

Este é o passo em que a solução em vista é desenvolvida. Para isso, é preciso materializá-la e passar pela última fase de discussões com a equipe antes de iniciar um teste. 

Implementação

Por fim, o time de RH tem que descobrir se as mudanças serão eficientes. Quando viável, selecione um grupo para ter uma amostra antes de oficializar as novas ideias. 

Pode ser que alguma possibilidade de ajuste seja identificada, e assim você pode fazer a correção antes de impactar muitas pessoas de uma só vez. 

A documentação de todo o processo é fundamental, pois isso pode servir de base para novas adequações. O mindset do RH Ágil vale muito para o design thinking, e o time deve estar aberto a melhorias contínuas sempre.

Exemplos de situações para uso do Design Thinking aplicado a Recursos Humanos

Usamos o caso do onboarding de uma empresa para ilustrarmos como seria o emprego de técnicas de design thinking em resoluções da empresa por parte do RH. 

Podemos ir adiante, com diversas circunstâncias em que recorrer ao método pode ser uma excelente saída. 

Melhorar o ambiente de trabalho

Com o DT, os resultados obtidos em pesquisas de clima organizacional podem ser interpretados e revertidos em planos de ação para aprimoramento dos processos e políticas organizacionais. 

Valide hipóteses junto ao time antes de implementar iniciativas! 

Análise de concorrentes

Realizar benchmarkings e buscar exemplos bem-sucedidos em outras empresas é outra alternativa para o exercício do design thinking no RH. Verifique se as boas práticas da concorrência são modelos que podem dar certo na sua companhia!

Recrutamento e seleção

O DT viabiliza a apuração das necessidades para a construção de um processo seletivo que ofereça uma boa experiência aos participantes. Busque aliar o conforto das pessoas candidatas a atributos da cultura organizacional. 

Isso trará à empresa talentos que se encaixem aos valores e estilo da companhia!

Evolução profissional

Para que o Plano de Desenvolvimento Individual reúna todas as oportunidades para impulsionar a carreira das equipes, use o design thinking com a finalidade de compreender as opções de capacitação com maior efetividade em cada caso. 

Tecnologias de apoio para aplicar Design Thinking ao RH

Já conhecemos o framework e o quanto o design thinking aplicado a Recursos Humanos pode ser um diferencial nas organizações. Para facilitar tudo isso, existem tecnologias para monitoramentos mais precisos no ambiente de trabalho.

Gestores estão investindo em recursos de People Analytics e big data para identificar claramente o que cada funcionário deseja durante sua jornada.

E isso tem que ser feito rápido: os diferentes modelos de trabalho exigem a atualização das práticas culturais nas organizações. 

A McKinsey realizou uma pesquisa com diretores de RH de várias empresas da Europa, e constatou que 64% desses profissionais estão dedicados a buscar maneiras de aprofundar o conhecimento sobre suas equipes. 

É preciso ir além de análises internas, ampliando essa visão para ações individualizadas. Só assim é possível contar com a imersão suficiente para o êxito de metodologias como o design thinking. 

Sem dados, nenhuma técnica consegue alcançar os objetivos por si só. 

Como buscar uma tecnologia para o RH da sua empresa 

Um RH estratégico deve contar com instrumentos suficientes que possibilitem diagnósticos com exatidão, agindo antecipadamente para levar a corporação aos objetivos pretendidos. 

Essa é a condição primordial para o design thinking ou para qualquer outra técnica para proposição de soluções. Portanto, o apoio de recursos tecnológicos na atuação do RH pode alcançar diferenciais relevantes para o sucesso e crescimento da empresa.

Três pessoas conversando representando a integração de um novo colaborador

Michelly Dellecave Michelly Dellecave é Cofounder, Head of People & Culture da Pulses. Psicóloga, Mestre em Psicologia, pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas e especialista em Leitura e Manejo de Grupos. Experiência na área de Recursos Humanos e Professora de cursos de graduação e pós-graduação. linkedin.com/in/michelly-dellecave/

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