A única regra existente para um cargo de liderança – independente da idade, do nível de experiência ou conhecimento técnico do colaborador – é o aprendizado constante.
Tanto os líderes quanto o time de Recursos Humanos de uma empresa precisam manter isso no radar: o desenvolvimento de liderança é um exercício contínuo.
E você, já pensou sobre isso? Sabe por onde começar? Então confira o conteúdo a seguir e fique por dentro de como empoderar e dar mais autonomia aos seus colaboradores!
Vamos imaginar uma empresa que estivesse em uma ótima situação até março de 2020, antes da pandemia de COVID-19 transformar o mercado de trabalho e os negócios.
Com uma cultura organizacional bem definida e difundida, os resultados comerciais vinham sendo alcançados e a perspectiva para o ano que estava começando era a melhor possível.
E, então, chegaram as notícias sobre um vírus desconhecido, que mudou o ritmo de vida da população do mundo inteiro. Não há quem não tenha precisado se adaptar a algum hábito diferente nesse contexto.
Foi um acontecimento impactante, mas escolhemos esse caso justamente para despertar em você a percepção de que tudo pode mudar a qualquer instante, em escala maior ou menor.
Fomentar a mentalidade de aprendizado frequente ? e oferecer ferramentas para que isso seja de fato realizado ? é um papel do RH e consiste na maneira mais efetiva de cuidar da equipe de liderança da sua organização.
Não há uma fórmula pronta, mas vamos abordar neste artigo tudo o que você precisa saber para empoderar as equipes, promover a autonomia dos líderes e manter a cultura organizacional da empresa entre os colaboradores.
Vamos entender como isso pode acontecer na prática?
A empresa depende dos resultados das equipes. Líderes estão preocupados com isso, focados em como evoluir os times para chegarem a esse objetivo. Mas, então, você se pergunta: “quem deve apoiar as lideranças?”.
Podemos afirmar com convicção: o RH.
No dia a dia, é comum que gestores percam de vista a necessidade do aperfeiçoamento próprio, o que é de extrema importância para que se sintam preparados diante dos desafios. Sem contar com os novos líderes, recém iniciados em uma função de gestão.
Por esse motivo, a autonomia de uma pessoa que está na liderança depende de um background de ações por parte do RH para garantir o seu desenvolvimento.
Responder essas perguntas pode ajudar você, profissional de RH, a diagnosticar se o desenvolvimento de liderança é uma realidade ou um gap na sua empresa.
Cada organização ? com sua cultura, seu planejamento, suas metas ? deve encontrar a melhor forma de promover a evolução dos seus líderes, alinhada às expectativas de crescimento do negócio. É sobre isso que falaremos a seguir.
De início, você pode pensar que a solução para iniciar um programa de desenvolvimento de liderança é pesquisar opções de cursos e capacitações para oferecer aos colaboradores, certo?
Entretanto, como primeiro passo, tenha em mente que um diagnóstico de desempenho das lideranças vai trazer muitos insights sobre o que precisa ser desenvolvido.
Valide pontos da cultura que interferem no desempenho e comportamento dos líderes, investigue o clima organizacional da empresa e, principalmente, tome conhecimento sobre a percepção dos colaboradores sobre os pontos de melhoria de quem está à frente dos times.
Para que a iniciativa não seja uma ação isolada, uma ótima sugestão é contar com ferramentas de pesquisas contínuas por pulso, que vão proporcionar ao RH a visão de todos esses pontos relacionados acima.
Os resultados das pesquisas contínuas serão um direcionamento fundamental para estruturar os planos de desenvolvimento e mensurar seus efeitos.
Com isso em mãos, é chegado o momento de planejar e agir:
Interprete os dados e análise o que pode alavancar a performance das lideranças no atual momento da empresa.
Organize um processo em vez de uma ação pontual, para fortalecer a relação da liderança com o RH da empresa e promover a interação entre diferentes líderes da organização, caso o programa seja realizado em conjunto. Essa troca será muito enriquecedora.
Também é importante mensurar os resultados: ouça as pessoas das equipes lideradas e avalie constantemente se o programa está seguindo o caminho certo ou se algo precisa ser mudado.
Acompanhe a rotina do time de líderes e pratique a abertura para um alinhamento constante, inclusive com a possibilidade de novos programas de desenvolvimento.
Não espere resultados imediatos. Conte com mudanças positivas dia após dia, pois a cultura de liderança da organização é um organismo vivo.
Fazendo uma analogia, mentalize uma trilha para a qual você se planeja e pense em tudo o que vai precisar levar para fazer a caminhada.
Ao chegar no local, há chances de que tudo saia conforme o planejado, mas há também a possibilidade de que chova, ou de que alguém do grupo precise de atenção especial, ou ainda que a comida não seja o suficiente.
Esteja pronto para se adaptar, sempre!
Além disso, é fundamental que qualquer plano de desenvolvimento de liderança esteja em sintonia com a forma como a cultura da sua empresa se apresenta. Não se esqueça de que o RH é o principal porta-voz dos valores da organização.
Um líder capacitado tem grandes chances de impactar positivamente e gerar equipes engajadas, bem como aumentar sua produtividade. Como consequência, é possível alcançar excelentes resultados.
Esta é a justificativa mais simples e realista da importância de manter seus líderes prontos para os desafios da rotina de trabalho. Por outro lado, existem dados que demonstram o quanto um líder mal preparado pode desestabilizar um time.
Muito se fala sobre a cultura do feedback para melhorar a relação entre líder e liderado, porém é preciso agir e demonstrar essa abertura na prática.
Do contrário, muitos colaboradores não se sentem à vontade na hora de expor suas opiniões, assim como líderes se mostram resistentes quando precisam receber críticas.
Para Rafael Quinteiro, líder de gestão de pessoas e sócio sênior da Bridge Consulting, nenhuma ação ou ferramenta irá proporcionar o mesmo efeito que espaços de diálogo e abertura para discussão de ideias.
O reforço dessa importância resultou no engajamento superior a 90% de toda equipe da empresa em uma plataforma de gestão contínua de pessoas para pesquisa de clima.
A Bridge apostou na experiência de disponibilizar as respostas das pesquisas em tempo real ao time de liderança.
“Os líderes passaram a olhar a ferramenta continuamente para desenharem planos de ação, implementá-los nas suas equipes para mudar o que estava ruim ou reforçar o que estava bom”, explicou o líder de RH da Bridge.
Para que iniciativas como essa funcionem, os líderes precisam estar preparados emocionalmente e profissionalmente. Por isso, é tão importante que o RH empodere seus líderes e cuide do engajamento dos colaboradores.
Ouça nosso Podcast para saber mais sobre as ações na Bridge Consulting:
Aliás, motivar a troca de experiências entre os líderes pode ser uma ótima alternativa. Ainda que a cultura organizacional da empresa seja orientada por um estilo de liderança esperado, líderes são pessoas, e pessoas são diferentes.
Cada um terá mais potencial em uma ou outra competência, ou ainda poderá conhecer exemplos que vão inspirar ideias e atividades em diferentes times.
Por falar em competências, não queremos e nem podemos colocar a função da liderança em uma caixinha para pré-determinar aquelas que se destacam no perfil de quem estará à frente de uma equipe.
Porém, algumas características representam um norte interessante quando o assunto é desenvolvimento. Preparamos uma lista com algumas habilidades importantes a serem observadas:
Promover um trabalho saudável e preocupar-se com o bem-estar das pessoas.
Líderes inovadores se destacam. Pessoas ousadas, capazes de gerir riscos e de estarem preparadas para as consequências podem fazer total diferença em momentos complexos e de mudanças significativas quanto o mercado tem enfrentado atualmente.
Leve isso ao time. Provoque e empodere as lideranças da empresa, conte com o suporte de tecnologias e de ferramentas que ofereçam a possibilidade de entender e melhorar o ambiente de trabalho, deixando os líderes à vontade para inovarem.