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Copa do Mundo 2022: o que gestores e empresas podem aprender com o evento

Foto de Michelly Dellecave, Especialista Pulses em Gestão de Pessoas
Por Michelly Dellecave 8 min leitura

Não é apenas entretenimento, é um evento com boas oportunidades de aprendizado

Como está a expectativa das pessoas na empresa para a Copa do Mundo 2022? Quando a última competição ocorreu, em 2018, o mundo era outro. Já parou para pensar nisso?

A maior parte das empresas atuava no modelo de trabalho presencial e era uma comoção nos dias de jogos do Brasil.

Pelos corredores, as pessoas se perguntavam: ?Vamos encerrar o expediente mais cedo??; ?Vai ter um telão para vermos os jogos na empresa??; ?Gente, vamos todo mundo ver o jogo no bar, aqui perto??. Era um agito, não era?

Mais que isso, era uma oportunidade para as empresas pensarem em ações de employer branding. Mas, e agora, com muitas das pessoas trabalhando de lugares diferentes, como vai ser?

Há um novo desafio pela frente e algumas lições que podem ser aproveitadas pelas empresas para extrair o melhor deste momento!

Como vai ser a Copa 2022?

Geralmente, o mundial de futebol é disputado entre os meses de junho e julho. Mas, em 2022, a Copa ocorrerá pela primeira vez no Oriente Médio, no Catar.

Para evitar as altas temperaturas do verão nessa parte do mundo, que podem ultrapassar os 45°C, a data do campeonato foi alterada para os meses de novembro e dezembro. Ou seja, para o período de inverno, quando as temperaturas variam de 20°C a 30°C.

No Brasil, a data coincide com o último mês de primavera. Entretanto, em 20 de novembro, quando iniciam as disputas, até a decisão, em 18 de dezembro, as temperaturas já estarão mais altas pela proximidade do verão.

Além disso, a final da Copa do Mundo 2022 ocorrerá bem próximo das festas de fim de ano: Natal e Ano Novo. É uma época em que as agendas começam a ser preenchidas por diversos compromissos, especialmente confraternizações.

Portanto, à tal ?correria de fim de ano?, estará somada muita expectativa e ansiedade. Sendo assim, as empresas que ainda não o fizeram, precisam começar a analisar esse efeito atípico da Copa do Mundo, mapear oportunidades e pensar em ações.

O efeito Copa do Mundo nos negócios

A pesquisa Copa do Mundo 2022: expectativas e ações das MPEs, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), mostra que 79% das empresas ainda não sabem o que fazer.

Por isso, elas ainda não estão se preparando para a Copa do Mundo 2022.

Em parte, isso se deve ao receio do impacto da Copa do Mundo na economia brasileira. A parada do expediente para assistir aos jogos, por exemplo, é uma das preocupações.

Outra, é quanto ao fechamento da empresa na hora dos jogos. Sem contar que os gastos com ações temáticas nas empresas podem afetar o orçamento de ações tradicionais de final de ano.

Por outro lado, há muitas oportunidades para serem aproveitadas. Principalmente no que tange ao desenvolvimento dos colaboradores e à inovação.

imagem de uma bola de futebol representando a copa do mundo 2022

Copa e Endomarketing

A Copa do Mundo 2022 é uma chance e tanto para promover o engajamento e integração dos colaboradores.

De qualquer forma as pausas irão acontecer. Então, a grande questão é: como promover ações para a Copa nas empresas? É aí que entra o time de endomarketing para o planejamento e execução de algumas iniciativas.

O que trabalhar sobre a Copa do Mundo?

As empresas podem aproveitar a época do Mundial de Futebol para proporcionar experiências aos colaboradores que os façam, também, adquirir novas habilidades e aprendizados. São algumas sugestões:

  • explorar a cultura dos países competidores, promovendo feiras culinárias de outras nações no refeitório ou recepção da empresa. Com essa ação a organização incentiva a aquisição de novos conhecimentos e o respeito a outras pessoas e culturas;
  • criar um dia de competição de equipes. Cada time pode representar um país e aquele que tiver arrecadado um número maior de doações, por exemplo, recebe algum prêmio. Essa é uma dinâmica para incentivar as habilidades de planejamento estratégico, execução de projetos e colaboração.

É obrigatório trabalhar na Copa do Mundo?

O que as pessoas esperam, com certeza, é poder assistir a seleção brasileira jogar quando o time estiver em campo. Mas, de acordo com a legislação, as empresas não têm nenhuma obrigação de liberar seus colaboradores para acompanhar as transmissões do Mundial.

Nas Copas anteriores, as pessoas que foram para casa torcer com os amigos e a família receberam de seus empregadores consentimento para:

  • trabalhar em um horário diferente do habitual;
  • reduzir a jornada de trabalho nos dias de jogos do Brasil;
  • compensar as horas não trabalhadas em outros dias da semana.

Em 2014, quando o Brasil sediou a Copa do Mundo, algumas empresas concederam até mesmo férias coletivas para os colaboradores poderem acompanhar o campeonato.

Falta pouco menos de 60 dias para o início do mundial de futebol. Como irá agir depende daquilo que a organização quer proporcionar aos colaboradores e também aproveitar as oportunidades.

7 lições da Copa para as empresas

O campeonato mundial de futebol é um terreno fértil de onde extrair boas ideias e coletar aprendizados.

Para todo lado que se olha, há exemplos de ações bem-sucedidas, capazes de contribuir para o crescimento das empresas. Pessoas em cargos de gestão podem recorrer a essas experiências para desenvolver nos colaboradores habilidades importantes para os times.

1. Respeitar as tradições

A Copa do Mundo 2022 iniciaria no dia 21 de novembro.

Porém, a data foi antecipada em um dia para que a primeira partida seja entre os anfitriões ou os atuais campeões. Assim, Catar e Equador se enfrentam no jogo de abertura, mantendo uma longa tradição dos jogos.

É uma demonstração de que junto com o interesse em inovar, alguns costumes podem, sim, ser mantidos.

2. Adaptar-se

Seria impossível realizar o Mundial de Futebol com a temperatura de até 50°C que faz no verão do Catar.

Assim, a data de realização do campeonato mudou de junho e julho para novembro e dezembro, quando é inverno no país. Saber se adaptar e remanejar planejamentos são características importantes no ambiente corporativo.

3. Gerenciar expectativas

A MindMiners fez uma pesquisa a respeito das expectativas das pessoas para a Copa. De um total de 1.000 entrevistados, 63% acreditam que o Brasil tem chances de levantar a taça. Caso o Brasil não seja hexacampeão em 2022, muitas pessoas podem se sentir frustradas.

Cuidar com as expectativas, portanto, é mais uma lição importante da Copa para as empresas.

4. Incentivar a diversidade

Pela primeira vez na história, a Globo terá narradoras e comentaristas na cobertura da Copa.

A emissora entendeu a importância da pluralidade e resolveu dar o exemplo. Ainda, segundo a consultoria Mckinsey, empresas que investem em diversidade têm 35% mais chances de conseguir retornos financeiros acima da média nacional.

É esperado que todas as organizações evoluam nesse tema.

5. Reconhecer habilidades

A seleção dos Estados Unidos convocou o jovem jogador Johnny Cardoso, que atua no Internacional, para compor o time que disputará o mundial. A exemplo de Johnny, muitos outros novos talentos estarão na Copa pela primeira vez.

Às vezes, tudo o que a empresa precisa é observar o desempenho e oferecer uma oportunidade para os profissionais do time.

6. Promover a sustentabilidade

Um desafio da Copa do Mundo 2022 é ser o primeiro evento neutro em carbono da história.

Para isso, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) estabeleceu padrões de sustentabilidade que devem ser atendidos pelos organizadores do evento. As empresas podem se inspirar na iniciativa da FIFA para criar suas próprias diretrizes e contribuir para a preservação do meio ambiente.

7. Estimular a criatividade

A Prefeitura de Manaus (AM) abriu um edital para selecionar as dez ruas da cidade melhor decoradas para a Copa do Mundo 2022.

Nesses locais, irá colocar palco, som, luz, telão e banheiros químicos para as pessoas poderem acompanhar os jogos e assistir a atrações culturais, artísticas e manifestações populares. Ações semelhantes podem ser feitas nas empresas, para engajamento dos colaboradores.

A produtividade é 17% maior e a receita da empresa aumenta 20% quando há um verdadeiro comprometimento das pessoas com a organização.

Mais razões para líderes e executivos acompanharem de perto o nível de engajamento dos colaboradores estão no e-book Guia Definitivo: Engajamento para Líderes.

Michelly Dellecave Michelly Dellecave é Cofounder, Head of People & Culture da Pulses. Psicóloga, Mestre em Psicologia, pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas e especialista em Leitura e Manejo de Grupos. Experiência na área de Recursos Humanos e Professora de cursos de graduação e pós-graduação. linkedin.com/in/michelly-dellecave/

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