O CONCARH 2022 – Congresso Catarinense sobre Gestão de Pessoas ? é o maior congresso desse tema no sul do país. O evento acontece anualmente e movimenta líderes, fornecedores, influenciadores e gerentes de toda a área de gestão de pessoas.
Na edição presencial deste ano, foram dois dias de imersão e experiência nos assuntos mais complexos e desafiadores da atualidade, relacionados à Liderança, Carreira e Gestão de Pessoas.
Com mais de 30 palestrantes de renome nacional e internacional e mais de 30 horas de conteúdo e interações, o evento organizado pela ABRH-SC proporcionou momentos inesquecíveis.
A Pulses esteve presente como patrocinadora e a seguir vamos contar um pouco sobre os principais insights e tendências apresentados.
Esse tema foi um dos mais comentados do concarh 2022. Mesmo que não fosse o tema central de uma palestra, os apresentadores sempre acabavam mencionando algo a respeito, principalmente de sua importância.
As palestras sobre esse tema trouxeram muito a diversidade e inclusão (D&I) como uma estratégia para os negócios, no sentido de que olhar para ela e ter ações em seu favor pode beneficiar a empresa de diversas formas, principalmente na inovação.
São pessoas que compõem as empresas e são elas que as fazem funcionar diariamente. Essas pessoas são responsáveis por pensar em soluções e, se não as incluímos, estamos perdendo ideias e inovações.
Mas, para além disso, não permitir que as pessoas sejam elas mesmas em qualquer espaço é impossibilitar que elas utilizem todo o seu potencial.
O papel do RH é ser um agente da transformação, sempre pensando em formas de ajudar os colaboradores.
Claro, isso só será possível se a empresa abrir espaço para essa conversa. Mas lembre-se: você não precisa começar grande. Pequenos passos diariamente fazem a diferença!
O tema “liderança” também foi debatido no Concarh 2022. Quanto a ela, é importante que criem um espaço de confiança e que seja psicologicamente seguro para que todas as pessoas se sintam confortáveis para conversar sobre assuntos desconfortáveis e serem autênticas.
Isso também está relacionado com a estratégia de permanência de talentos da organização e ela precisa deixar evidente a sua posição sobre o tema, pois as pessoas querem se sentir representadas nos lugares que fazem parte.
A luta pela diversidade e inclusão é responsabilidade de todos, principalmente de pessoas em posições mais privilegiadas, que têm mais visibilidade e poder para ajudar nas iniciativas.
É preciso entender o seu lugar de fala e depois refletir como você pode ser um agente de mudança para tornar o mundo um lugar melhor para todos.
Não é novidade como esse tema tem sido muito comentado nos últimos anos, mas a sua relevância é tanta que ele continuou em evidência, especialmente no Concarh 2022.
Entre os impactos da pandemia, a saúde física e mental foram uma das principais a sofrerem consequências. Isso fez com que as pessoas reavaliassem suas prioridades e colocassem a qualidade de vida como número 1 na lista.
Não podemos falar de pessoas no ambiente corporativo sem levar em consideração as suas realidades, percepções e como se sentem. Somos seres integrais, não apenas nossas funções e entregas. Por isso, não há como separar uma coisa da outra.
Desde a pandemia, muitos estudos vêm surgindo sobre o impacto da saúde mental no engajamento e na produtividade, e como isso afeta os resultados do negócio.
O RH precisa entender como apoiar as pessoas da organização, saber quais são as suas necessidades e isso foi discutido no Concarh 2022.
As lideranças também têm o papel de se atentar aos excessos de demandas e outros fatores que podem influenciar o bem-estar das pessoas de forma negativa.
A relação entre líder e liderado tem grande impacto nisso, pois estão em contato frequente um com o outro.
Segundo estudo da Forbes, 25% dos entrevistados disseram que seus líderes transmitiam práticas de trabalho saudáveis ? destes, 55% eram mais engajados, 77% mais satisfeitos no trabalho e tinham mais chance de permanecer na empresa.
Organizações que se preocupam com a qualidade de vida dos colaboradores têm se destacado, principalmente quando isso faz parte de suas culturas e é reproduzido por todos.
A Grande Resignação é um movimento de demissões voluntárias em massa que têm ocorrido nos Estados Unidos.
Muito se especula sobre os motivos dessas demissões, mas parece ser consenso entre os estudiosos que a pandemia foi um fator influenciador deste cenário.
Com a chegada do movimento no Brasil, o tema tem sido foco de muitas discussões. Inclusive, esse foi o tema apresentado por Renato Navas, Co-Founder e Head of People Success da Pulses, em sua palestra na Arena EXPOCARH do Concarh 2022.
Por isso, as empresas têm se perguntado cada vez mais o que faz as pessoas quererem continuar trabalhando em um lugar, e o tema “Retenção” de Talentos foi um dos mais comentados do evento.
O primeiro questionamento dos apresentadores na palestra sobre retenção de Talentos no Concarh 2022 foi justamente referente a palavra retenção, que remete a uma ideia de prisão, segurar algo ou alguém.
Para eles, é preciso mudar esse nome e pensar em permanência: Como ser um lugar que faça sentido para as pessoas pelo tempo que elas precisarem?
Afinal, com o mundo BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível) que vivemos hoje, é quase certo que os talentos não fiquem por longos períodos de tempo, como acontecia antigamente.
Isso é uma característica também das novas gerações que estão sendo inseridas no mercado que, além de salário, procuram empresas que se posicionam sobre causas sociais, trabalhem a diversidade e a qualidade de vida dos colaboradores.
Pensar em estratégias de permanência de talentos requer também os questionamentos:
O RH precisa saber quais talentos atrair, que façam sentido com a cultura da empresa, e quais práticas precisam ter para fazer com que essas pessoas queiram estar presentes verdadeiramente.
Por isso, muito tem se falado também sobre ELTV e EVP:
Como você pode ver, a permanência de talentos é um assunto complexo que envolve muitos questionamentos, que devem ser respondidos, principalmente, por aqueles que fazem a empresa funcionar diariamente: os colaboradores.
Uma coisa ficou clara no Concarh 2022: é ouvindo as pessoas da organização que a empresa poderá criar ações e estratégias mais assertivas para tornar suas experiências mais encantadoras.
A pandemia acelerou um movimento que vinha acontecendo: a possibilidade de trabalhar sem precisar estar presencialmente na empresa.
Cada vez mais as organizações têm adotado os modelos híbrido e remoto, não só por seus benefícios no engajamento e produtividade dos colaboradores, mas porque os novos talentos também estão exigindo.
As pessoas perceberam que podem exercer suas funções do conforto de seus lares, ou de qualquer lugar do mundo.
A flexibilidade de locais e horários tem sido vista como uma grande vantagem, em que cada um organiza e se responsabiliza pela gestão de seu tempo.
Cada modelo de trabalho tem seus pontos positivos e negativos, mas a dificuldade de atrair talentos no modelo presencial tem sido muito falada.
Além de perceber que podem atuar de onde quiserem, a pandemia trouxe novos medos e preocupações para considerar na hora de se candidatar para uma vaga, ou permanecer nela.
Se você for forçar seus colaboradores a voltar para o escritório presencialmente, é preciso ter um bom motivo para isso.
O papel da liderança nos novos modelos é fundamental para garantir o bom funcionamento do time, principalmente através da escuta e comunicação, confiança, transparência e fornecendo autonomia, tratando as pessoas como os adultos que são.
O escritório presencial será cada vez mais um espaço apenas para realizar funções que não são possíveis fazer em casa.
Todos os temas tratados no Concarh 2022 e comentados até agora, de certa forma, permeiam o ESG.
Você já se perguntou quais são os impactos da sua empresa na comunidade e no mundo? Que influência ela tem na sociedade e como utiliza isso?
Ela contribui para o meio ambiente de forma positiva? Possui políticas de diversidade e inclusão? Respeita os direitos humanos reconhecidos internacionalmente e assegura a não participação na violação deles?
Segundo a XP Investimentos, 90% dos grandes fundos globais consideram critérios ESG na tomada de decisão. Mas o que essa sigla significa?
ESG é a sigla em inglês para as palavras Environmental, Social e Governance ? ambiente, social e governança ? os três grandes pilares que têm sido direcionadores das empresas para criar estratégias mais sustentáveis, através de uma gestão mais humanizada.
Uma empresa que está em conformidade com práticas ESG entende quais são seus impactos negativos e positivos na sociedade.
Elas também entendem que é sua responsabilidade agir sobre eles, minimizando os negativos e potencializando os positivos.
Para os palestrantes, as políticas dessas práticas devem ser conhecidas e fazer sentido para todos da organização.
Isso pode ser fator decisivo também para a permanência dos talentos, que cada vez mais procuram empresas alinhadas com seus valores e que tenham um propósito.
O RH tem um papel importante de contribuir para o ESG, pois é quem olha principalmente para as relações dentro das empresas. A área nunca foi tão procurada e valorizada como nos últimos anos.
Estamos ainda sofrendo consequências de uma pandemia ? e de diversos outros acontecimentos globais ? e é preciso compreender o que a empresa pode fazer para apoiar e ajudar as pessoas dentro da organização (e fora dela).
Esperamos que esse artigo tenha trazido insights sobre os principais temas do evento!
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